16 longas brasileiros competem por uma vaga no Oscar 2017
A tão esperada decisão será divulgada nesta próxima segunda-feira (12), em solenidade realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Depois o processo passa pelas mãos da Academia do Oscar que define se, após sete anos, teremos novamente um filme brasileiro indicado na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira.
A pré-seleção dos filmes nacionais que estão na disputa para conseguirem uma chance de participar da próxima edição do Oscar tem o dobro de indicações em relação ao ano passado, em que oito títulos foram apresentados. A lista de 16 longas foi divulgada, nesta semana, pelo Ministério da Cultura. Agora, uma comissão especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a analisará e escolherá uma única opção para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
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A tão esperada decisão será divulgada, na próxima segunda-feira (12), em solenidade realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Mas o rigoroso processo não acaba por aí. O longo escolhido pela seleção brasileira depois será submetido ao processo seletivo da própria Academia do Oscar, que escolherá apenas 5 filmes do cinema mundial para concorrerem na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira. Ou seja, pode ser que o Brasil fique fora da indicação oficial, então precisamos torcer para, enfim, termos a chance de trazer para o território nacional a tão sonhada estatueta.
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Confira os 16 nomes que integram a pré-seleção:
1. “A Despedida”, de Marcelo Galvão;
2. “Mais Forte que o Mundo”, de Afonso Poyart;
3. “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum;
4. “Pequeno Segredo”, de David Schurmann;
5. “Chatô – O Rei do Brasil”, de Guilherme Fontes;
6. “Uma Loucura de Mulher”, de Marcus Ligocki Júnior;
7. “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho;
8. “Nise – O Coração da Loucura”, de Roberto Berliner;
9. “Vidas Partidas”, de Marcos Schetchman;
10. “O Começo da Vida”, de Estela Renner;
11. “Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil”, de José Belisario Cabo Penna Franca;
12. “Tudo que Aprendemos Juntos”, de Sérgio Machado;
13. “Campo Grande”, de Sandra Kogut;
14. “A Bruta Flor do Querer”, de Andradina Azevedo e Dida Andrade;
15. “Até que a Casa Caia”, de Mauro Giuntini;
16. “O Roubo da Taça”, de Caito Ortiz
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A comissão especial, responsável por escolher o filme para ser avaliado pelo processo seletivo da Academia é integrada por nove profissionais da área cinematográfica: Adriana Scorzelli Rattes; Luiz Alberto Rodrigues; George Torquato Firmeza; Marcos Petrucelli; Paulo de Tarso Basto Menelau; Silvia Maria Sachs Rabello; Sylvia Regina Bahiense Naves; Carla Camurati e Bruno Barreto.
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Para tentar integrar a categoria nas últimas edições do prêmio, os longas nacionais indicados foram: Que Horas Ela Volta?, por Anna Muylaert, de 2016; Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, por Daniel Ribeiro, de 2015; O Som ao Redor, por Kleber Mendonça Filho, de 2014; O Palhaço, por Selton Mello, de 2013; Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro, por José Padilha, de 2012; Lula, o Filho do Brasil, por Fábio Barreto, de 2011; Salve Geral, por Sérgio Rezende, de 2010 e Última Parada 174, por Bruno Barreto, de 2008.
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A última vez que um filme brasileiro conseguiu concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro foi há 7 anos; mas o longa Central do Brasil, do diretor carioca Walter Salles, não levou a estatueta. No ano de 2004, o impecável Cidade de Deus, dirigido pelo paulistano Fernando Meirelles, foi indicado quatro vezes, nas posições de melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia – mas não ganhou nenhum prêmio.