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As pessoas começaram a desconfiar do #10YearsChallenge

Revista levantou suspeitas de que Facebook poderia aproveitar banco de imagens para treinar reconhecimento facial; empresa nega

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 11h47 - Publicado em 18 jan 2019, 16h11

Neste mês de janeiro, o #10YearsChallenge se tornou viral na internet. A brincadeira consiste em publicar uma foto em 2009 e outra em 2019 para que as pessoas percebam as mudanças que ocorreram ao longo de 10 anos.

O desafio conquistou não só usuários comuns como também personalidades. No Brasil, Sandy fez uma pegadinha com seus seguidores e a jornalista Fátima Bernardes foi bastante elogiada.

Nos últimos dias, no entanto, surgiram rumores sobre possíveis intenções por trás da aparente inocente brincadeira. Um texto da revista ‘Wired’ levantou suspeitas de que o desafio seria uma espécie de treinamento de algoritmos do Facebook para reconhecimento facial. 

“Eu há 10 anos: provavelmente brincaria com o meme da idade da foto (…) Eu agora: pondere como todos esses dados poderiam ser extraídos para treinar algoritmos de reconhecimento facial no reconhecimento e na progressão da idade”, escreveu a repórter Kate O’Neill no Twitter.

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Logo depois, O’Neill foi a público dizer que sua intenção não era denunciar a brincadeira como perigosa, mas chamar a atenção para o modo como a empresa pode se beneficiar de um meme.

O ponto da repórter não deixa de ser interessante. Graças ao viral, há uma infinidade de fotos pessoais que revelam como as pessoas são agora e como eram há 10 anos. E essas dados são valiosos.

E a desconfiança não é sem razão. O Facebook protagonizou um escândalo de vazamento e venda de dados pessoais de seus usuários recentemente. 

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A empresa de Mark Zuckeberg se pronunciou nesta sexta (18) sobre a questão. “O Facebook não começou essa onda, e o meme geralmente usa fotos que já estão no Facebook. Nós não ganhamos nada com esse meme (além de nos lembrar das tendências questionáveis de moda de 2009)”.

Em entrevista à VEJA, Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio), reconhece que o alerta é válido, mas diz que não é necessário paranoia com o assunto.

“O Facebook já tem esse mecanismo de reconhecimento facial há quase dois anos, assim como o Google Fotos e a Apple. Acho que a preocupação é importante para pensarmos melhor a definição de privacidade e a percepção de que nossos dados pessoais podem ser usados de formas que fogem ao nosso controle, não só por empresas, mas por pessoas físicas.”

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