WGSN: a verdadeira história do slip dress
A peça ganhou popularidade em meio ao movimento sufragista, no começo do século XX.
Aqui na ESTILO, já falamos sobre a volta dos anos 1990 na moda e também sobre como a moda íntima se transformou ao longo do tempo. Uma tendência que une esses dois movimentos e já virou queridinha da moda contemporânea é o slip dress (ou vestido-camisola). A peça começou a reaparecer na moda em 2013, quando o estilista Marc Jacobs criou uma coleção de inverno para a Louis Vuitton repleta de peças inspiradas em lingeries e pijamas vintage, inclusive o slip dress.
Diferente do que muitos acreditam, o vestido-camisola como o conhecemos não é uma peça originária dos anos 1990. Na verdade, ele ganhou popularidade no começo do século XX, quando o movimento sufragista pedia, também, por roupas mais confortáveis que os corsets. O material leve e o shape solto da camisola eram o substituto perfeito para mulheres que buscavam mais liberdade, e eles eram usados tanto como peças íntimas quanto vestidos para o dia a dia.
Desde então, o slip dress entrou e saiu de moda algumas vezes, recebendo eventuais atualizações – nos anos 1940, por exemplo, o vestido camisola ganhou interpretações luxuosas com apliques de renda e materiais acetinados. Foi nessa época, inclusive, que a peça ganhou o atual ar sexy. Porém, ela perdeu seu espaço na moda na década de 1970, quando estilistas passaram a costurarem forros nas próprias roupas, deixando o slip dress obsoleto.
Os anos 1990 trouxeram a peça de volta pelo seu apelo sexy. Usado por celebridades como Kate Moss, Gwyneth Paltrow e Courtney Love, o slip dress se tornou tão popular na época que até hoje ele é altamente atribuído à década de 1990. Hoje, o item pode ser usado de inúmeras maneiras, aparecendo em versões casuais, por cima de camisetas brancas, ou até em versões luxuosas, de veludo ou seda. No inverno 2018, ele virá em tecidos metalizados.