Tessa Thompson tem um recado para quem fala mal de tapetes vermelhos
Uma das atrizes mais quentes de Hollywood, ela quer mais ocupar espaços antes negados a mulheres como ela.
Tessa Thompson é um dos nomes mais quentes de Hollywood no momento. Entre os vários projetos capitaneados por ela, estão os filmes “Thor: Ragnarok”, “Creed: Nascido para Lutar” e “Aniquilação”, da Netflix, além do papel regular da vilã Charlotte Hale, no hit da HBO “Westworld”.
Conforme a fama cresce, aumenta a exposição, os paparazzis e, obviamente, a presença em tapetes vermelhos da vida. Embora muitas atrizes não curtam muito essa parte do trabalho, de posar para fotos em vestidos de centenas de dólares e ter que falar sobre eles, Tessa não pensa dessa forma.
“É meio normal muitas das minhas colegas pensarem, ‘Red carpet? Aff, prefiro ficar em casa de moletom’, mas eu amo estar em um vestido bafo”, disse ela em recente entrevista para a Net-A-Porter The Edit, revista do e-commerce de luxo.
Sim, ela fez a lição de casa direitinho e sabe como um tapete vermelho pode ser importante, principalmente, para uma mulher negra como ela. Por que? Pois a forma como você se apresenta em um red carpet também pode levar uma artista para um lugar onde ela pode conquistar muito mais dinheiro: um contrato com uma marca fashion de luxo, como Louis Vuitton, Chanel ou Dior. E dinheiro, principalmente, para mulheres em ambientes machistas (como a indústria do entretenimento) significa poder.
“Campanhas de moda trazem liberdade para você. Para várias atrizes, é dessa forma que elas acabam por ganhar mais dinheiro”, diz. Ela continua: “E se você é uma mulher negra, ocupar esse espaço e ganhar essa visibilidade, internacionalmente, é algo muito gigante. Existe essa ideia de que nossa face [negra] não vende e quando nós somos contratadas para essas campanhas, elas mostram para as pessoas que, sim, nossa face vende”.
Claro, Tessa não está desmerecendo movimentos como o “Ask Her More”, que incentiva perguntas para mulheres que vão além da moda em tapetes vermelhos, longe disso.
Ela só está assinalando que, enquanto geralmente mulheres brancas estão cansadas de falar sobre isso e preferem estar em casa usando um pijama, as mulheres negras não estão exaustas porque nunca foram questionadas sobre “qual marca estão usando?”, até pouco tempo, aliás, (e ainda deve acontecer) grandes grifes sequer emprestavam roupas para elas… Como ela disse, mulheres negras também não apareciam em anúncios fashion. Ela quer mais ocupar espaços antes negados a mulheres como ela.
Ah, e está falando isso na revista do Net-a-Porter, uma publicação que muito provavelmente é acompanhada de perto por importantes profissionais do setor, pessoas com o poder de, por exemplo, contratá-la para uma campanha internacional de luxo. O que Tessa fez foi praticamente dizer, “ei, estou disponível, adoro moda e vou vender o seu produto como nunca, viu?”
Que mulher.