Mango e Zara criam coleções sustentáveis para atender demanda
As marcas apostam, cada vez mais, em sustentabilidade.
Apesar de muito se falar sobre sustentabilidade na moda, ainda é comum associarmos o conceito apenas a marcas de nicho, produtos caros e um segmento pequeno do mercado. Porém, dados da ferramenta analítica de varejo WGSN Instock mostram que, nos EUA, os produtos de moda sustentável cresceram 19% de janeiro a junho de 2017 em relação ao ano passado. Isso mostra que os varejistas estão investindo cada vez mais em sustentabilidade.
Há uma crescente conscientização e interesse dos consumidores por roupas sustentáveis. Facilitados pelas mídias sociais, eles tornaram-se cada vez mais vocais sobre sustentabilidade, tornando imperativo que os varejistas ofereçam mais visibilidade sobre suas práticas de produção. Assim, devido ao aumento na demanda por esses produtos, as maiores varejistas do mundo – muitas das quais já foram envolvidas em escândalos de trabalho escravo – começam a lançar coleções especiais ou então a aumentar o mix de produtos de linhas sustentáveis já existentes. É o caso da coleção Committed, da Mango, e da linha Join Life, da Zara.
Porém, na medida em que os consumidores se tornam mais conscientes sobre o que decidem comprar, as credenciais sustentáveis de um produto, por si só, não são mais suficientes para incentivar os consumidores a comprarem. As coleções sustentáveis devem ter tanta qualidade e design quanto uma coleção tradicional e, por isso, varejistas de fast fashion como Zara, H&M e Asos estão aprimorando cada vez mais suas peças, acabando com as percepções negativas sobre roupas sustentáveis. Além disso, cada vez mais, as coleções são desenhadas e comercializadas de acordo com coleções tradicionais, facilitando a adesão do consumidor e justificando os preços.
Apesar dos avanços, a expansão da gama atual e o investimento em desenvolvimento ainda estão mais focados em vestuário, já que os volumes de calçados sustentáveis diminuíram 34,6% em 2017. No entanto, logo os consumidores começarão a exigir os mesmos níveis de transparência de calçados e acessórios do que o vestuário. Os varejistas que investem nessas categorias menores agora têm a oportunidade de se beneficiar da vantagem do primeiro movimento.
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