Emicida faz desfile histórico em sua estreia no SPFW
Com a marca Lab, Emicida e Fióti celebram a diversidade
Olhou do alto e disse: “zica, vai lá!” E a Lab veio com sua banca enorme, representando a maioria da população brasileira com seu casting 90% negro. Em sua estreia no SPFW, Emicida fez o que mais gosta: derrubou muros com suas ideias. Fez da passarela seu palco, e logo no início do desfile surgiu triunfante com suas rimas. Sentou-se ao lado de Costanza Pascolato e tinha à sua frente sua família, sua mãe Dona Jaciara, e os rappers Ice Blue (Racionais), Criolo, Rael da Rima e O DJ Dandan.
O clima blasé dos desfiles foi substituído pela euforia. Gritos a cada gordo que pisava na passarela, a cada preto com cabelo black power e a cada look que defendia o fim dos gêneros no guarda-roupa. Logo no início, Emicida disse: “Tô pra falar esse bagulho pra vocês há 400 anos”.
Com direção criativa de João Pimenta, o desfile da Lab apresentou uma coleção inspirada na lenda do samurai negro Yasuke, uma criação conjunta dos irmãos Emicida e Fióti com o estilista. As peças trazem estampas de origamis, ideogramas japoneses e frases das músicas do rapper como A rua é Noiz e I love quebrada, dois clássicos de suas camisetas. E o melhor, são desejáveis e vestem a todos. Seu tamanho plus size é 5x maior. E a modelo Bia Gremion foi pura representatividade na estreia das gordas na Semana de Moda de São Paulo. 24 de outubro de 2016, o dia em que a rua fez história no SPFW.
Confira como foi a transmissão do desfile: