Desta vez a Balenciaga foi longe demais com essa camisa/camiseta
A mais nova criação da grife, conhecida pelas ousadias fashion, custa uma fortuna.
Oi, Balenciaga, tá tudo bem com você? Assim, a gente sabe que o Demna Gvasalia, estilista da marca, gosta de ultrapassar as barreiras da moda e do que é considerado “bonito” ou “feio”, além de se valer daquela máxima “falem mal, mas falem de mim”, mas, desta vez, ele foi longe demais com essa camiseta/ camisa (sério, esse é o nome da criação), umas das peças da coleção de inverno 2018.
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E, bem, seria mais uma ideia irreverente da grife de luxo, caso o preço não fosse tão, hum, absurdo. Quem tiver interesse na peça híbrida, em pré-venda até o fim de julho, vai precisar desembolsar ~irrisórios~ 1.290 dólares (cerca de 4,8 mil reais). Sim, por uma camisa costurada em uma camiseta – e nem é pronta entrega, ok?
Um preço alto a se pagar, certo? E o Twitter, claro, já deu o seu veredito: a roupa é realmente ridícula.
“Eu achei que era uma piada, mas é real”
E já rolaram tutoriais de como ter a sua sem precisar ser milionário.
De qualquer forma, goste ou não, a criação (que mais parece um golpe publicitário) é mais uma estratégia bem-sucedida da Balenciaga, uma das marcas que mais cresce no mundo.
Além de ganhar no boca a boca – mesmo que negativo -, ela enche ainda mais os cofrinhos, porque não há dúvidas de que essa camisa/camiseta vai vender feito água.
Afinal, estamos falando da grife que fez isso ser sucesso:
E isso se tornar uma tendência:
O preço do sucesso
Desde que Gvasalia assumiu o comando da marca, em 2015, ela ficou mais conhecida pela ironia, pelos acessórios “doidinhos” e pelas silhuetas absurdas, e menos pela excelência das peças, o que, normalmente, justificava os altos preços. E a pergunta que mais roda na indústria fashion no momento é: por quanto tempo isso vai durar?
As críticas, por exemplo, já começaram a surgir por todos os lados. Recentemente, o estilista Ralph Rucci fez um duro textão no Instagram questionando a validade dessas criações.
“Me disseram para ficar calado e eu realmente tentei, mas não posso mais tolerar isso. Essas coisas são justamente o que [Cristóbal Balenciaga] não concordava. Eles pegaram o nome dele e estão usando como trampolim para tanta mediocridade, tanta cafonice, tantas coisas feias. Sem nenhum respeito pelas proporções, sem qualidade, sem integridade – uma verdadeira prostituição só para vender tênis de academia, camisetas e mochilas”, escreveu.
E ele não é o único. Em uma contundente carta aberta chamada, “A Balenciaga é Socialmente Irresponsável”, o dono do Style Zeitgeist Eugene Rabkin acusa o trabalho de Gvasalia de se apropriar e vender itens do cotidiano dos mais pobres para a classe rica sair por aí “fantasiada”.
“Para ser sincero, a Balenciaga não faz nada pelos pobres, além de uma doação hipócrita de 250 mil dólares para o World Food Programme (a Kering, empresa dona da marca, faturou cerca de 18 bilhões em 2017). A pretensão de Gvasalia de celebrar os pobres é basicamente, pretensão. Quem é pobre não sabe o que é e não pode comprar Balenciaga – eles sequer leem as revistas nas quais a Balenciaga anuncia”, publicou.
Bem, longe dessas problematizações, os millennials continuam comprando…