Você tomou a decisão de se aventurar no maravilhoso mundo dos brechós? Eba, mas atenção: não vai ser lá uma tarefa muito fácil…
Diferentemente do exterior, em que a cultura dos “flea markets“, os chamados “mercados de pulgas”, é bastante difundida, no Brasil o negócio caminha a passos um pouco mais lentos, porém animadores.
De acordo com um levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) realizado no ano passado, o comércio varejista de artigos usados brasileiro cresceu 210% em cinco anos. É mais gente vendendo e mais gente comprando, o que significa mais organização e oportunidades para achados incríveis!
E para ajudar você nessa jornada – que pode ser ótima – separamos, com a ajuda da escritora Jana Rosa e da blogueira Ju Romano, 13 dicas maneiras para você só ter alegrias!
1. Tenha paciência
Tenha em mente que você vai, sim, “bater perna”, terminar o dia com cheiro de naftalina e passar hoooras até encontrar aquela peça incrível. “Como não tem uma coleção fechada, isto é, são peças soltas, talvez você tenha que olhar item por item até achar algo legal”, sugere Ju. E Jana Rosa dá outro conselho de ouro: “Faça xixi antes porque você vai ficar mesmo muito tempo lá e precisa estar tranquila e confortável”.
2. Vá confortável
Você poderia estar indo para um coquetel superchique na cobertura de um hotel, mas está mesmo indo fazer compras num brechó. E, claro, por mais charmosa e divertida que essa experiência possa ser, não se deve esquecer que é um lugar meio empoeirado e muito provavelmente desorganizado. Jana concorda: “Não vá com mochila grande ou carregando peso e vá bem confortável. E se prepare para alergia de poeira. Tenha um antialérgico”.
3. Estabeleça um orçamento
Sabe aquela cena clássica de estar só dando uma passadinha no shopping e acabar entrando pra comprar algo? Ela é mais do que verdadeira e, por mais que você possa passar horas dentro do brechó para achar uma peça legal, vale sair de casa com mais ou menos uma ideia do que irá gastar. Aquela velha máxima “o barato pode sair caro”.
4. Leve uma amiga
Girls just wanna have fun! Já que a ideia é passar um bom tempo atrás das melhores peças e condições, por que não fazer isso ao lado da melhor amiga?! Além disso, uma segunda opinião é sempre bem-vinda e vocês sempre poderão rir juntas das bizarrices que eventualmente irão encontrar nas araras do brechó.
5. Seja cuidadosa
São roupas, em sua maioria, velhas, e sabe como é… Por isso, atenção redobrada é indispensável, já que as peças podem trazer surpresas nada agradáveis! “Cheque se elas não estão com defeitos, furos, costuras abertas…”, aconselha Ju.
6. Mas também considere levar peças mesmo que estejam danificadas!
Não vai levar só por causa de um furinho ou pela falta de dois ou três botões? Que bobagem! Pense que a roupa já sairá mais barata e com esses pequenos defetinhos consertados vai ficar top novamente num piscar de olhos!
7. Só não leve se estiver muito detonada mesmo!
“Se a reforma da roupa é complexa, esqueça, você vai deixar aquela peça guardada para sempre. Tipo, ter que fazer uma barra surreal ou tingir… Nunca acontece! O melhor mesmo é comprar o que pode ser usado logo depois de lavar ou o que precisa de pequenos ajustes”, explica Jana.
8. Não compre por impulso!
Ju Romano manda a real: “Não compre só por que está barato. Nem tudo o que é vintage é legal também. Se escolheu uma peça, pense como você vai combinar com as outras que tem no armário”. Além disso, segundo ela, atenção também às peças de grife! “Não é por que é de marca que vale a pena”, conta.
9. Prefira brechós menos badalados
Um fato: no Brasil, os brechós mais conhecidos ou aqueles que investem pesado num trabalho de curadoria das peças praticam preços, digamos, muito próximos do comércio de roupas novas. Claro, vale a visita. Mas se a sua intenção é mesmo a de economizar prefira ir aos brechózinhos mais escondididnhos, aqueles de igreja mesmo, sabe?! O seu bolso agradece!
10. Considere também comprar acessórios
Nem só de roupas vive um brechó! Eles podem, também, esconder os mais variados acessórios de segunda mão! Óculos, chapéus, bonés e até discos estão no repertório dessas lojas. Olho vivo para encontrar raridades por preços módicos.
11. Pechinchar é a alma do negócio!
Diferente de muitas lojas, nos brechós, o preço nunca é tabelado. Portanto, na hora de pagar, o choro é livre! Outra dica é ficar bem quietinha caso encontre uma peça rara ou de grife, como explica Jana: “Fique blasé! Se os donos não sabem e percebem que você achou um tesouro podem querer cobrar mais caro do que o preço na etiqueta”.
12. Ei, não se envergonhe!
Vergonha por estar comprando roupas num brechó? Para com isso, boba! Sabemos que o país não está passando por sua melhor fase, então, uma economia aqui e outra ali é sempre bem-vinda. Além disso, comprar roupas de segunda mão é sustentável, já que a produção de peças novinhas em folha consome muita energia e, obviamente, água.
13. Divirta-se!
Tão legal quanto voltar para casa com a certeza de ter feito bons negócios – e com peças “incrí” – é sentir que aproveitou a jornada pra valer! Claro que você passou muito tempo de pé e que seu nariz eventualmente ficou irritado pelo cheiro de “velho”, mas, da mesma forma, teve horas ótimas ao lado da sua melhor amiga, descobriu tesouros vintage, se divertiu experimentando as peças mais bizarras do mundo e ainda tirou várias fotos (ou snaps!). E, bem, fez a alegria do seu orçamento mensal!