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A enxaqueca desaparece na menopausa? Especialistas explicam

Neurologista explica como o período de variações hormonais pode impactar as crises da doença

Por Ana Luiza Bezerra
24 jul 2025, 10h00
Imagem de mulher de meia idade segurando a cabeça, com o rosto demonstrano dores
Muitas mulheres percebem uma diminuição das crises de enxaqueca durante a menopausa (Freepik/Reprodução)
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Quem convive com a enxaqueca sabe que ela é bem mais do que uma dor de cabeça comum. É aquela dor que paralisa o dia, atrapalha o trabalho, impede o lazer e, em muitos casos, vem acompanhada de náusea, sensibilidade à luz e até alterações na visão. E para as mulheres, essa convivência costuma ser ainda mais intensa.

Estima-se que cerca de 20% da população feminina sofra com a enxaqueca – um número quatro vezes maior do que o dos homens. O motivo? Os hormônios. “Apesar de ser uma doença genética, a enxaqueca também possui um componente hormonal. Hormônios como o estrogênio influenciam diretamente na sensibilidade e na frequência dos sintomas. Por isso, é mais comum em mulheres”, explica Tiago de Paula, médico neurologista especialista em cefaleia.

Mas o que acontece quando os hormônios entram em declínio? Com a chegada da menopausa, muitas mulheres percebem que as dores diminuem. E aí surge a dúvida: será que a menopausa acaba com a enxaqueca?

Enxaqueca x Menopausa: o que muda?

A resposta é não. Embora muitas pacientes notem uma melhora durante essa fase, não se pode afirmar que ela desaparece, afinal se trata de uma doença crônica, ou seja, sem cura. “A enxaqueca não some na menopausa, mas pode se modificar e apresentar uma melhora significativa nesse período, devido à diminuição do estradiol”, esclarece Tiago.

Essa mudança, no entanto, não é automática nem igual para todas. Antes do alívio, algumas mulheres enfrentam o efeito contrário. Segundo estudos apontados pelo neurologista, durante a perimenopausa – fase de transição que antecede o fim da menstruação – os hormônios oscilam bastante, o que pode até aumentar as crises.

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Mas por que algumas ainda sentem dor? Tiago reforça que essa melhora não é uma regra. “Se uma paciente já vinha tomando muitos medicamentos e com dores frequentes, mesmo com a queda dos hormônios ela pode continuar tendo crises. O cérebro aprende a entrar nesse padrão, e o uso excessivo de analgésicos pode perpetuar o ciclo da dor.”

Qualidade de vida é possível

Apesar das incertezas, o médico acredita que é possível ter mais qualidade de vida nesse período. “Na menopausa, a paciente pode, de fato, perceber uma redução na intensidade das dores e ganhar um pouco mais de bem-estar. É possível amenizar os sintomas das crises e suas repetições”, afirma.

No entanto, ele destaca que os estudos sobre o tema ainda são escassos e muitas vezes contraditórios, já que os sintomas variam muito de mulher para mulher. “O mais importante é que cada caso seja avaliado individualmente por um profissional especializado, para que a melhor abordagem de tratamento seja definida”, finaliza.

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