Dicas para confeitar o seu próprio bolo de casamento
A CLAUDIA, Nelson Pantano, profissional mais requisitado quando o assunto são bolos confeitados, ensina segredos para quem quer se aventurar em casa
Nascido em Fernandópolis, cidade do interior paulista, Nelson Pantano, 28 anos, chegou tímido à capital para cursar marketing. Não se encontrou na profissão. Viajou para Londres e lá se especializou na criação de bolos decorados. “Queria concretizar sonhos”, revela. Oito anos depois, à frente da The King Cake, em São Paulo, tornou-se o profissional mais requisitado quando o assunto são bolos confeitados. Especialmente aqueles que levam flores feitas de pasta de açúcar. “Já reproduzi mais de 400 espécies”, conta ele, que começou a se arriscar na cozinha aos 11 anos.
Um exemplar simples, de 1,5 quilo, custa 800 reais; os bolos de casamento, com dois ou três andares, e flores no topo, partem de 2,5 mil reais. “O mais caro que já vendi custou cerca de 50 mil reais.” Também faz minibolos, cupcakes e docinhos finos para todo tipo de evento. Nelson mostra seu talento ao criar, com versatilidade, modelos tradicionais e românticos e outros bastante irreverentes.
Para dividir com o público suas descobertas, ele está lançando o primeiro livro. The King Cake (3R Studio Editora, 180 reais) aponta caminhos para o bolo ideal, que combine com a personalidade do dono da festa. Aqui ele ensina segredos para quem quer se aventurar em casa.
CLAUDIA: Como dar acabamento especial aos bolos?
Nelson Pantano: Decorar é o último passo. Primeiro é preciso investir em fôrmas altas, de diferentes tamanhos – 35, 25 e 15 centímetros de diâmetro, por exemplo, e 10 centímetros de altura. Só isso já causa impacto visual. Rechear com preciosismo também faz diferença. Cada camada de massa deve ter 1,5 centímetro e a mesma quantidade de recheio. Procure ter à mão dois modelos de bicos de confeitar, o pitanga e o perlê, para criar diversos tipos de decoração. Uma técnica simples, e de efeito, é passar a cobertura com uma espátula em todo o bolo – é o que chamamos de textura espatulada.
Você se consagrou com os modelos clássicos. Quais as opções para quem é mais descolado?
Os geométricos (sextavados e quadrados) estampados e com efeito marmorizado, que lembram o aspecto de pedra, ou os de acabamento reto e ultraliso, que beiram à perfeição. Outra opção é montar uma composição de bolos menores e dispostos separadamente. Nesse caso, elejo um ponto de harmonia entre eles – seja nas cores, seja nos acabamentos.
Como vai ser seu bolo quando se casar?
Sempre quis um enorme, hoje já não sei mais. O maior que fiz foi para um casamento em Goiânia. Tinha 2,5 metros de altura, oito andares e 700 orquídeas feitas de pasta de açúcar. Um deslumbre! Costumo materializar minhas ideias no papel, em croquis. Sinto que, assim, ganho a confiança do cliente. Para mim, já pensei em criar uma sala onde tudo fosse comestível, incluindo bandejas, acessórios e enfeites.
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