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40% das mulheres que trabalham no parlamento australiano sofreram assédio

Casos começaram a vir à tona após Brittany Higgins, ex-funcionária do parlamento, ter revelado que foi estuprada por um colega de gabinete

Por Da Redação
1 dez 2021, 17h38

Nesta terça-feira (30) o governo australiano divulgou o resultado de um relatório pedido desde março sobre a conduta em relação à importunação sexual no parlamento australiano. Os casos começaram a ter visibilidade depois de Brittany Higgins, ex-funcionária do local, ter contado que foi abusada sexualmente por um colega de trabalho no Ministério da Defesa, como informa O Globo.

Veja também: Ex-funcionárias da NFL exigem retorno sobre acusações de assédio

No levantamento foi revelado que um terço das colaboradoras já tinham sofrido algum tipo de assédio sexual no ambiente de trabalho o que representa 40% das mulheres. Outros 1% das mais de 1.700 pessoas entrevistadas revelaram ter sido vítimas de agressão sexual ou sofreram uma tentativa de abuso.

A delegada, Kate Jenkins, que cuida de casos de discriminação sexual na Austrália e condutora do estudo, elaborou propostas para que medidas sejam tomadas para lidar com todas as falhas no poder como: desigualdade de gênero e falta de responsabilidade que segundo a mesma, deixaram o parlamento um ambiente inóspito para boa parte dos colaboradores, incluindo as funcionárias mais novas.

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Ambiente perigoso para mulheres ou qualquer outra “minoria”

Brittany Higgins, ex-funcionária parlamentar, revelou no início deste ano, que havia sido estuprada por um colega de gabinete no Ministério da Defesa. O que motivou milhares de mulheres a protestarem em cidades do país por mudanças.  

Ela teve a coragem de revelar o que boa parte das suas antigas colegas de trabalho não tiveram por medo de represálias, como a perda do emprego, o que tiraria o sustento de quem contasse algum episódio de abuso. 

Para a professora de direito na Griffith University e ex-parlamentar, Susan Harris Rimmer, o que é mostrado no relatório é vergonhoso, mas preciso. “A análise mostra que o parlamento não tem sido um local de trabalho seguro para as mulheres ou qualquer minoria”, opinou. “E que não havia recurso; o mau comportamento parecia não ser regulado”.

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De acordo com a educadora, as medidas de intervenções para esse caso são parecidas com outras que já aconteceram em outros países como Grã-Bretanha, nos EUA e Canadá, que já são implementadas há 20 anos nos espaços de trabalhos nativos. 

Susan também aponta que vários pedidos de reformas básicas encontradas em outras legislaturas democráticas, seguem ignorados como um sistema de reclamações independente dos principais partidos. “As recomendações são apenas uma prática comum para um local de trabalho moderno, a maioria delas, e ainda é chocante para mim que tenha levado esse nível de dor e sofrimento para chegar a um ponto em que o parlamento alcança o resto da Austrália e o resto do mundo”, comenta a ex-parlamentar.

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