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Justiça autoriza investigação criminal sobre deputado que apalpou colega

O deputado apalpou o corpo da também parlamentar Isa Penna durante sessão da Alesp em dezembro

Por Da Redação
19 jan 2021, 11h53
Momento em que o deputado Fernando Cury assedia a deputada Isa Penna, tocando em seu seio
 (Alesp/Reprodução)
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O desembargador João Carlos Saletti, do Tribunal de Justiça de São Paulo, autorizou a abertura de investigação contra o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania), que foi flagrado apalpando o seio de Isa Penna (PSOL), também parlamentar durante sessão de votação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em dezembro do ano passado. A decisão tomada na última sexta-feira (15), foi publicada nesta segunda-feira (18).

Na decisão, o desembargador determina que a presidência da Casa legislativa entregue à Justiça as filmagens que mostram o momento em que ele passa a mão em Isa. (Veja o vídeo aqui)

Além disso, 11 parlamentares que presenciaram a cena no plenário da Alesp prestarão depoimento ao Ministério Público, na condição de testemunhas do fato, e foi atendido também a investigação de Fernando Cury na Justiça Criminal. Isa registrou boletim de ocorrência por importunação sexual contra ele.

Ainda pouco conhecida, a lei de importunação sexual  completou dois anos em setembro de 2020 e caracteriza como crime atos libidinosos na presença de alguém sem seu consentimento, como toques inapropriados, beijos sem permissão, “encoxar”, cantadas invasivas, ejacular. A importunação acontece, em geral, em espaços públicos e sem uso de força.

A promotoria informou, no pedido de investigação, que “os fatos, em uma preliminar análise, podem ter contornos de infração criminal” e de “crime contra a liberdade sexual”, precisando, portanto, de “abertura de investigação criminal para a oitiva das testemunhas indicadas com a finalidade de angariar elementos de elucidação dos fatos”.

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A defesa de Fernando Cury diz que ainda não tomou conhecimento da íntegra da decisão do desembargados do Tribunal de Justiça de São Paulo e que “o parlamentar irá provar que jamais existiu crime de importunação sexual e que ele nunca teve a intenção de constranger a nobre deputada Isa Penna ao abraçá-la”.

Já o processo ético-disciplinar da comissão de ética do partido Cidadania para analisar a expulsão do parlamentar foi suspenso pela juíza Thaissa de Mourã Guimarães, da 20ª Vara Cível de Brasília, atendendo a um pedido do parlamentar.

 

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