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Zeca Pagodinho: “O samba é meu refúgio, sempre”

O cantor conta como usou o trabalho para superar a perda do filho e do pai

Por Emilãine Vieira
Atualizado em 21 jan 2020, 23h46 - Publicado em 21 abr 2015, 04h00
Joaquim Nabuco (/)
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Zeca Pagodinho teve um começo de ano difícil. Depois de se submeter a uma cirurgia na coluna, em novembro do ano passado, o cantor perdeu o filho mais velho, Elias Gabriel, em janeiro – por complicações pneumológicas -, e o pai, Jessé da Silva, dois meses depois – vítima de insuficiência respiratória. A simplicidade e a simpatia com as quais Zeca recebeu a Contigo! em seu lar, um sítio em Xérem, na baixada fluminense, mostra como ele se esforça para superar esta fase. “Só passei por barra pesada, mas sobrevivi”, afirma.

Depois de cinco anos sem gravar, foi no trabalho que ele buscou sua terapia, lançando Ser Humano. “Neste disco, pulei algumas fogueiras altas e pesadas. O samba é um refúgio, sempre. Tive momentos em que pensei em adiar, mas fui adiante”, reflete. “Ficar em casa pensando e remoendo tudo que aconteceu? Não! Ia para o estúdio encontrar meus amigos. Esse foi meu grande remédio”, explica.

Os infortúnios também fizeram com que o cantor ficasse mais atento à saúde e buscasse seguir as recomendações médicas. Aos 56 anos, ele não nega o medo de morrer, e sentencia brincando: “Não quero nem pensar em deixar esta terra bonita, comidas, bebidas e os biquínis da praia. Isso me apavora.”

*Com reportagem de Tatiana Ferreira

Joaquim Nabuco
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