Rodrigo Lombardi: “Tenho de estar sempre com um sorriso”
O ator Rodrigo Lombardi, que interpreta o Mauro de Passione, fala sobre a vida antes da fama e a relação com os fãs
Um dos galãs mais cobiçados da televisão, Rodrigo Lombardi diz que a fama é só uma ilusão
Foto: Divulgação – Rede Globo
Jogador de vôlei, garçom, ator, galã do momento, pai de família exemplar… São tantos adjetivos e atributos para classificar Rodrigo Lombardi, que precisaríamos de uma matéria especial sobre o ator. Mas o paulistano de 34 anos, nascido em Higienópolis, ao mesmo tempo é muito simples e não tem os arroubos de estrelismo que outros colegas de profissão desfilam por aí. “Fama é só ilusão. É bacana porque aproxima a gente do público e é legal receber esse carinho. Mas o importante mesmo é o trabalho. Tudo acontece por causa dele e por ele”, define o intérprete do Mauro, de Passione, que também excursiona com a peça A Grande Volta, dirigida por Marco Ricca e coestrelada por Fúlvio Stefanini.
FÃ SEM NOÇÃO
“Certa vez, peguei um voo para Uberlândia (MG), previsto para aterrissar às 6 h da manhã. Pouco antes do pouso, as luzesse acenderam. Eu estava com a cara toda amassada e torto por ter passado a noite no avião. Aí vem uma mulher e fala: ‘Oi, faço coleção de fotos de ricos e famosos e você é os dois. Você tira uma foto comigo?’ Esfreguei os olhos para acordar direito e, quando estava levantando, ela disse: ‘Se for para fazer de má vontade, não quero!’ Respondi: ‘Não, não, tudo bem, vamos fazer!’ Mas ela desligou a câmera e saiu esbravejando: ‘De má vontade, eu não quero!’ Ou seja, só por ser ator, tenho de estar sempre com um sorriso nos dentes, pronto para beijar todo mundo!”
CANTADA DE GAY
“Quando eu tinha uns 18 anos recebia muita cantada de gay. Hoje não mais. Os caras que assistem a Passione me abordam na rua para fazer graça. Dizem: ‘Ô meu, que empregão! Fica o dia inteiro só beijando as mina!’ Ou então perguntam: ‘E aí, Raj? Cadê a Maya?’ (risos)”
ANTES DA FAMA
“Joguei vôlei num time juvenil em Mauá (Grande São Paulo), mas a verdade é que sou considerado baixinho para a profissão. Aos 18 anos, decidi fazer intercâmbio para aperfeiçoar meu inglês e escolhi morar em San Diego, nos Estados Unidos, porque essa cidade era a meca do vôlei de praia. Passei seis meses lá, só estudando inglês e jogando vôlei de praia. Ao meu lado, havia adolescentes com mais de 2 metros de altura. Foi quando me dei conta que eu, com 1,83 metro, não tinha chance de competir com eles. Aí, abandonei esse projeto.”
Rodrigo Lombardi se derrete em elogios à mulher, Betty Baumgarten
Foto: Agnews
AMOR NO TRABALHO
“Conheci minha esposa, Betty Baumgarten, na fase final das gravações de Bang Bang (2005), a primeira novela que fiz na Globo. Betty era maquiadora de efeitos especiais e um dia a gente se cruzou. Poucos meses depois, já estávamos morando juntos. Gostei docabelo dela, do olhar, do sorriso… Até hoje eu adoro o jeito como ela ri. Quando está dando uma gargalhada, fecha tanto os olhos que vira uma japonesinha!”
EXPECTATIVA
“A gente não pode criar expectativa com relação a nada. Tenho de ser como uma formiguinha operária: vou lá, faço meu trabalho e estátudo certo. Tem uma passagem de São Francisco de Assis que eu adoro: ‘Comece fazendo o que é preciso, depois faça o que é possível e quando você olhar para trás o que terá feito é o que achava impossível’. Nós somos como formigas operárias. Assim como o pedreiro, que vai assentando um tijolo atrás do outro, fazemos uma cena atrás da outra até concluir o trabalho. O que muda é apenas o glamour.”