Ricardo Tozzi: ‘A gente está aqui para se comunicar com o público’
Atuando no teatro e na TV, Ricardo Tozzi, o Herval de Geração Brasil, não gosta de tirar férias e confessa ser viciado em trabalho.
Ricardo Tozzi está adorando o visual barbudo de seu personagem, Herval
Foto: TV Globo/Divulgação
O convite para Geração Brasil veio quando Ricardo Tozzi acabava de gravar as últimas cenas de Amor à Vida (2013), e o ator não pôde recusar. Ele abriu mão das férias para dar vida a Herval, na novela das 19h, e revela que a parceria repetida com Cláudia Abreu, com quem contracenou em Cheias de Charme (2012), foi um dos fatores decisivos na hora de topar o convite. “Trabalhar com a Cacau (apelido da atriz) é um prazer imenso”, elogia o galã.
Dividindo-se entre teatro (com a peça Enfim, Nós, em cartaz no Rio de Janeiro) e TV, o ator, de 38 anos, diz que é preciso ter disposição para dar conta das duas tarefas e compara fazer novela a participar de uma maratona.
Você gosta de tecnologia?
Acho chato, para falar a verdade, mas uso para não ficar desconectado. Criei um Instagram porque um perfil falso estava usando o meu nome. Mas não sou chegado em ficar postando fotos, porque acho que não tenho nada a agregar para as pessoas. O que tenho está aí na TV e no teatro.
Já se adaptou à barba do Herval?
Adoro! Barba dá poder, charme, estilo. Por mim, nunca mais a tiraria na vida. Fazer barba é contraproducente, contra a natureza. Por que vou arrancar um negócio do meu rosto que cresce com tanta força todo dia? Estou desperdiçando alguma coisa, concorda (risos)? Estou muito feliz assim.
Está se achando mais bonito?
Não sei. Isso divide opiniões… Mas eu me acho mais natural assim. Não gosto de depilação, essas coisas… Quase não tenho pelo. Queria deixar sempre assim, mas não consigo, porque sempre terá algum personagem que me obrigará a tirar.
Você teve tempo de tirar férias depois de Amor à Vida?
Na verdade, quando me convidaram, tinha acabado de gravar a novela e, teoricamente, tinha que tirar férias. Já vieram me convidar meio com medo de que eu falasse não. Mas, com tanta gente talentosa que amo de paixão, os autores e diretores de Cheias de Charme, não tinha como não querer fazer parte disso.
Então, descanso zero?!
Mas sou workaholic mesmo, não gosto de férias, de ficar ocioso. Ensaiar peça de teatro, para mim, são férias.
Como está sendo o reencontro com a Cláudia Abreu?
Trabalhar com a Cacau é um prazer enorme. Parece que estou em casa, conversando com uma irmã. Nossa relação vai além de fazer uma boa cena. Cheguei ao set para a primeira gravação com ela e já me senti bem. É tão bom quando você tem intimidade, quando acredita naquela pessoa. E outra coisa: jogando bola com alguém fera, você não tem que fazer mais nada, né?
Um novo formato de novelas mais curtas está começando a surgir. O que você acha disso?
Fazer novela é tipo maratona. Você pula, começa a correr e nadar sem parar até o final. Então, é realmente puxado. Ela, sendo menor, obviamente, gastará menos energia, e estou muito de acordo com esse novo formato. Mas, acima de tudo, está o tempo de maturação, o tempo que o público vai digerir aquilo. Para mim, o mais importante é o público.
Foi cansativo fazer Amor à Vida, que se alongou tanto?
Essa novela sobrou, né? Acho que tem que ter o tempo exato para aquela história que você contará, sem ficar enfiando gordura ou barriga. Tem sempre algumas histórias em que os atores ficam meio sem ter o que fazer, enrolando… E o público não gosta disso, então é melhor achar a medida certa.
Essa é a sua expectativa quando começa um novo trabalho?
A gente está aqui para se comunicar com o público, não vejo outra razão para fazer isso. Se me perguntarem se faria uma novela de dois anos que o público amará, faria. Assim como faço uma de um mês. Se for algo legal, que desperte o interesse do telespectador, topo.