Regiane Alves faz sua primeira protagonista na Globo
A atriz vive a mocinha Joana em Beleza Pura. Aqui, ela fala sobre sua carreira e as personagens mais marcantes
Regiane tem um carinho especial por Dóris
de Mulheres Apaixonadas
Foto: MÁRCIO DE SOUZA / REDE GLOBO
Oito anos. Este foi o tempo necessário para que Regiane Alves, 29 anos, virasse protagonista de uma novela da Globo. Foi muito suado, admite a intérprete de Joana, a heroína de Beleza Pura.
A tarefa, no entanto, não é novidade para a atriz. Afinal, Regiane estreou na TV, há dez anos, como protagonista de Fascinação, no SBT. Aliás, nesse período, trabalhou bastante. A bela exibe no currículo dez trabalhos na telinha, mas, apesar da folha corrida, ela não tem dúvida na hora de apontar seu xodó. A Dóris. É a que eu mais gosto, diz, lembrando a vilã de Mulheres Apaixonadas (2003).
Joana é uma mocinha clássica?
Joana é tudo de bom (risos)! Vive com as emoções sempre à flor da pele. Cada cena tem mil emoções. Mas, ao mesmo tempo, na hora de falar, fala; na hora de brigar, briga. Não é a boazinha da novela. É mais humana.
Será que, agora, acaba a imagem de vilã, que você carrega desde Laços de Família, exibida em 2000?
Eu espero (risos). Na verdade, é bom ir para um outro lado. Nós, atores, gostamos disso. É um desafio poder fazer uma coisa diferente do último trabalho. Quando há oportunidade, a gente agarra. A trama tem um pouco disso, da atmosfera da Andrea Maltarolli, que, pela primeira vez, escreve uma novela; e é a minha primeira protagonista na Globo. Todo mundo está tendo uma chance. Espero fazer bem. É uma coisa muito batalhada aqui dentro, de poder fazer algo diferente, não estar sempre carregando essa marca das vilãs.
Como chegou ao posto de protagonista?
É uma coisa de persistir, de fazer seu trabalho com muito amor, carinho, porque não é fácil. Estou há oito anos na Globo. Realmente, tem o fator sorte, mas há… a entrega ao trabalho, precisa ter seriedade. Chegar a esse papel, hoje, foi muito suado.
Mesmo sem ser protagonista, seus papéis sempre se destacaram?
É verdade, mas… É uma mistura de tudo. No tempo em que não está fazendo televisão, vai para o teatro. Se estou sem fazer nada, vou fazer um curso, reciclar. É difícil eu emendar muitos trabalhos, porque acho que esse tempo… É como se fosse um gás que você recebe para trazer sempre novidade. Até para as pessoas não enjoarem. A carreira de ator é muito difícil. Pode acreditar.
E quais são as maiores dificuldades?
Primeiro, você estuda e quer que aquela única cena seja muito boa. Depois, quer que um espetáculo seja muito bom e que as pessoas queiram assistir. Aí, tentar um mínimo de papel na televisão. Em seguida, é ter um contrato para estabilizar. Depois, é conseguir um bom personagem na trama; depois, é ficar na novela inteira. Depois… Ah, eu quero uma vilã! Aí, faz a vilã. Depois, não, não, quero a mocinha. É uma busca eterna.
E, agora, o que você quer?
Ah, quero aproveitar (risos). É um momento muito especial. Ano que vem, faço 30 anos, é uma virada. Ao mesmo tempo que você falou que eu fiz um monte de papel de destaque, é a primeira vez que estão me dando esta chance. Talvez, eu não faça bem e digam: Ah, Regiane, vai fazer vilã! A gente nunca sabe…
Quais são seus personagens preferidos?
A Dóris. Foi muito difícil fazer a última cena dela em Mulheres Apaixonadas! Até hoje lembro. Então, tenho um carinho muito grande. É a que eu mais gosto. Ah, adoro a Rosália de A Muralha. Foram as personagens mais difíceis e as mais prazerosas.
Ser lembrada pela Dóris a incomoda?
Não, porque é tão difícil um ator ter um personagem marcante. Mesma coisa com a Lucélia (Santos), a Escrava Isaura. Acho bom. E adoro fazer vilãs (risos).