Quem foi Jorge Fernando, ator e diretor da Globo que faleceu aos 64 anos
Jorge Fernando faleceu no último domingo (27), vítima de uma parada cardíaca em decorrência de uma dissecção de aorta completa.
A semana começou mais triste para toda a dramaturgia brasileira. Na noite do último domingo (27), após dar entrada no hospital CopaStar (RJ) durante a tarde, o grande ator e diretor brasileiro Jorge Fernando faleceu aos 64 anos, vítima de uma parada cardíaca “em decorrência de uma dissecção de aorta completa”, segundo informações do G1. O corpo do ator será velado terça-feira (29), com abertura ao público das 8h às 10h – após esse horário, o momento será restrito a familiares e amigos próximos.
Após dois anos de pausa para a recuperação de um AVC, Jorge retornou às telinhas como diretor artístico da novela “Verão 90”, que era transmitida às 19h, na TV Globo. Ele ainda fez uma rápida atuação como Mendoncinha, o diretor do novo filme da personagem de Cláudia Raia na trama.
A estreia como ator na emissora aconteceu há 41 anos, em 1978, na série “Ciranda, Cirandinha”. A história de sete capítulos mostrava os conflitos, os dramas, os sonhos e tudo que permeava a vida de quatro jovens no final da década de 70.
Dois anos depois, Jorge estreava como diretor, sua grande paixão. Ele dirigiu “Coração Alado”, de Janete Clair, novela que contava a história do artista plástico Juca Pitanga (Tarcísio Meira), que partiu para o Rio de Janeiro em busca de condições melhores de trabalho, mas acabou envolvido com Catucha (Débora Duarte), filha do importante Alberto Karany (Walmor Chagas).
A partir de então, o diretor somou 34 novelas no seu portfólio. Entre elas, “Guerra dos Sexos”, com Fernanda Montenegro, Paulo Autran e Glória Menezes, com a qual Jorge foi premiado como melhor diretor pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1983, junto com Guel Arraes. Mais tarde, em 2012, o diretor também teve o prazer de dirigir o remake da trama.
Para os apaixonados por novela, vale lembrar que Jorge também é o nome por trás da direção de títulos emblemáticos como “Rainha da Sucata”, “Vamp”, “Deus nos Acuda” e “A Próxima Vítima”. Além de, claro, “Alma Gêmea”, de 2005, uma das novelas das seis com mais pontos de audiência na história da Globo e marco da parceria dele com Walcyr Carrasco. Inclusive, o diretor prestou homenagem ao amigo com uma publicação especial no Facebook.
No teatro, o diretor já havia construído uma amizade com Claudia Raia quando dirigiu a atriz no musical “Não Fuja da Raia”. Jorge também fez sucesso com “Boom”, espetáculo em que colocou para jogo todas as suas facetas como artista – desde cantar até atuar diferentes personagens em um mesmo palco. E a peça autobiográfica “Salve Jorge”, em que reuniu os inúmeros papéis que marcaram sua trajetória.