Qual a parte de “a Jennifer Aniston não quer filhos” ainda não entenderam?
"Talvez meu propósito nesse planeta não seja procriar", desabafou a atriz em entrevista recente.
Os anos passam, relacionamentos terminam, a calça cintura alta vem e volta e Jennifer Aniston continua precisando responder as mesmas três perguntas na mídia:
1. Por que você não tem filhos?
2. Por que você não consegue manter um homem?
3. Vai acontecer uma reunião de “Friends”?
Enquanto a terceira questão é compreensível, afinal de contas é uma das séries mais populares de todos os tempos, as duas primeiras, além de sexistas, não são da conta de absolutamente ninguém. A coisa chegou a tal ponto que, em 2016, a atriz até precisou escrever uma carta aberta para o Huffington Post reiterando como esses assuntos não são mesmo da conta de absolutamente ninguém e são prejudiciais para todas as mulheres.
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Na época, ela escreveu:
“Aqui era onde eu queria chegar: estamos completas com ou sem uma companhia, com ou sem um filho. Nós começamos a decidir por nós mesmas, o que é belo quando se trata de nossos corpos. Essa decisão é nossa, e só nossa. Vamos tomar essa decisão por nós e para que as jovens mulheres neste mundo olhem para nós como exemplos. Nós não precisamos ser casadas ou mães para sermos completas. Nós começamos a determinar nosso próprio ‘feliz para sempre”.
Corta para 2018. Jennifer Aniston é a capa de setembro da InStyle, revista de moda norte-americana, as fotos são belíssimas, porém adivinha só sobre qual assunto ela está falando? Homens e filhos!
Na verdade, mais uma vez, Jen está se defendendo. Para Molly McNearney, amiga pessoal dela, ela disse:
“É muito doido isso. É sempre ‘Jen não consegue manter um homem’ e ‘Jen se recusa a ter um bebê porque ela é egoísta e só pensa na carreira’. Ou que eu sou triste ou com o coração partido. Em primeiro lugar, e com todo o respeito, eu não estou com o coração partido. Em segundo, essas suposições são todas irresponsáveis. Ninguém sabe o que acontece entre quatro paredes. Ninguém considera o que se passa entre o meu parceiro e eu. Eles não sabem o que eu estou passando fisicamente e mentalmente. Existe essa pressão para as mulheres serem mães, e se elas não forem, então, são consideradas um desperdício. Talvez meu propósito nesse planeta não seja procriar. Talvez não existam outras coisas que eu deveria fazer?”
Assim, até quando as mulheres vão precisar justificar o modo como elas escolheram viver a VIDA DELAS? Ela pode não querer filhos, como ela pode querer. Ela também pode manter um relacionamento ou terminar. Ela pode querer uma reunião de “Friends” ou nunca mais na vida dela interpretar a Rachel Green. O que não entenderam ainda é que ela pode fazer o que ela quiser, inclusive, mudar de ideia.