O novo desafio de Débora Falabella
A atriz volta à telinha e se divide entre Escrito nas Estrelas e a filhinha, Nina
A atriz conta como concilia a carreira e
a maternidade
Foto: Agnews
Se a maternidade muda toda mulher, Débora Falabella não foge à regra. A jovem atriz só tem olhos para a pequena Nina (sua filha com o músico Chuck Hipolitho), que agora influencia, diretamente, as escolhas da mamãe. Eu morro de saudade, mas tenho um emprego, que, apesar de gravar dias inteiros, há outros em que não trabalho. Tenho que acreditar e me sentir uma privilegiada por isso, avalia a mineira de 31 anos sobre a árdua tarefa de conciliar carreira e maternidade. Com Escrito nas Estrelas, a veterana volta a dar o ar de sua graça na telinha com a divertida vilã Beatriz. A MINHA NOVELA esteve com a atriz nos estúdios do Projac para bater um papo sobre filhos, carreira e o trabalho na trama de Elizabeth Jhin. Não perca!
Como você vê a Beatriz?
É uma personagem que, além de ser vilã, está muito voltada para a comédia. Então, são duas coisas novas que estou fazendo e adorando. Beatriz é muito mal-humorada. Ao mesmo tempo em que deseja subir na vida e ter dinheiro, não quer fazer esforço para nada. Ela e a mãe vivem armando para se darem bem e estão dispostas a tudo para Beatriz ser a mãe do filho do Daniel (Jayme Matarazzo). Isso ainda vai dar muito o que falar.
Qual foi sua inspiração para criar essa vilã?
Ela é muito mais parecida com as vilãs de séries americanas do que com as clássicas do cinema. Ela é mais pop, mais atual e tem esse lado do humor. Então… Busquei trazer esse aspecto das séries. Eu também fiz um trabalho de observação, que é o
que eu mais gosto de fazer. Fora isso, não teve uma pessoa que eu segui para compô-la.
Você completou quinze anos de carreira muito bemsucedida. Como você avalia sua trajetória?
Fiz muita coisa. Às vezes, olho e vejo como eu trabalhei (risos). E muita coisa junto, isso faz com que você não aproveite tudo. A conclusão a que cheguei é que pretendo fazer uma coisa de cada vez para aproveitar mais. Mas não aguento (risos). Daqui pra frente, quero me focar mais em cada coisa a que eu estiver me dedicando.
Qual é seu critério para escolher suas personagens?
Não uso um critério. Penso no que eu fiz e no que eu gostaria de fazer. Às vezes, escolho uma personagem que não é tão importante porque eu gosto da história. No teatro tenho mais autonomia porque sou produtora do meu grupo, então, posso escolher
o que quero. Eu aceitei a Beatriz por ser diferente de tudo o que já tinha feito. Era um desafio e, também, porque eu queria trabalhar (risos).
Você tem alguma semelhança com a Beatriz?
Acho que sim. Existem algumas coisinhas que a gente pesca. As personagens boazinhas estão sempre de bom humor e, talvez, esse mau humor das vilãs esteja mais perto da nossa realidade. Acho que sou mais esta aí, que tem dias mal-humorada, chateada,
coisas que só aparecem nos vilões.
Cena da atriz, na trama das 6, ao lado de
Humberto Martins e Zezé Polessa
Foto: Divulgação – Rede Globo
Agora que você teve a Nina (de 11 meses), ficou mais difícil voltar ao trabalho e gravar tanto?
É… Mas todo mundo faz isso. Acho que a gente tem que se adaptar ao mundo de hoje. Eu sempre fui uma mulher que trabalha. Morro de saudade, mas tenho um emprego, que, apesar de gravar dias inteiros, há outros em que não trabalho. Então, não faço aquele horário-padrão, das 9 às 19 h, como todo mundo. Tenho que acreditar e me sentir uma privilegiada por isso. Levo a vida assim.
Qual é a sua religião?
Sou católica. Fui criada na religião e há princípios nos quais acredito e sigo, mas têm outros que eu discordo, como toda religião. Creio que o espiritual está muito mais voltado para dentro da gente, para as pessoas com as quais a gente convive e ama. Liga-se muito mais ao nosso interior do que às instituições.
E você acredita em destino?
Acredito, mas acho que a gente pode mudá-lo muitas vezes! E que várias coisas que aconteceram na minha vida parece que estavam escritas.
Como o quê?
Quando fico pensando que eu era uma menina que nasceu em Belo Horizonte, de uma família que fazia teatro… Eu nunca me imaginava aqui. Jamais pensei em trabalhar e fazer cinema. Pra mim era uma realidade muito distante. E foram coisas que aconteceram… e de uma forma que parecia ser destino. Por isso, acredito que existam coisas que são pré-determinadas, sim.
Que mensagem você deixa aos leitores da revista?
Eu espero que vocês estejam gostando muito de Escrito nas Estrelas. É uma novela que trata de um assunto bem bonito e acho que vai mexer com os sentimentos do telespectador e, ao mesmo tempo, trazer bastante humor para vocês.