Nathalia Dill: de capetinha a santa
Em sua estreia como protagonista, a ex-Malhação mostra versatilidade e muito talento


Nathalia Dill interpreta sua
primeira protagonista em Paraíso
Foto: Divulgação/ André Batista
Depois de conquistar o reconhecimento por sua interpretação da vilã Débora de Malhação, Nathalia Dill, 22 anos, surpreende a todos ao fazer sua primeira protagonista, em Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa. As gravações da trama vão de vento em popa e a gatinha carioca já sente a responsabilidade ao contracenar com feras como Cássia Kiss e Mauro Mendonça, entre outros artistas.
Antes de fazer sucesso na TV, a jovem batalhou no teatro, onde deu os primeiros passos na arte de atuar. Em 2005, Nathalia participou de Glória de Nelson, de Daniel Herz, e Jogos na Hora da Sesta, de Michel Bercovitch. No ano seguinte, com o mesmo diretor, encenou Aventuras de Tom Sawyer. No cinema, teve pequenas participações em Tropa de Elite, de José Padilha, em 2007, e Feliz Natal, do ator e diretor Selton Mello, no final do ano passado.
Agora, a atriz só pensa na sua atual personagem, Maria Rita, a Santinha, que precisará escolher entre o amor de Zeca (Eriberto Leão), e o convento, como quer sua mãe, uma beata convicta e doidinha.
tititi – Como você se preparou para encarar sua primeira protagonista?
Nathalia Dill – Está sendo um trabalho e tanto. Li muito sobre religiões em geral, visitei igrejas, pesquisei sobre a região em que se passa a trama. E ainda tive uma preparação com a professora Iris Gomes, para falar o “s” menos chiado e pegar o “r” mais sonoro como o sotaque das pessoas da região (a fictícia cidade de Paraíso, principal cenário da trama, estaria localizada no estado do Mato Grosso).
Qual está sendo seu maior desafio?
Dar conta dessa nova fase com alegria, profissionalismo e emoção e me desfazer da imagem da Débora. Ao contrário dela, Maria Rita é delicada, muito romântica e vive uma grande dúvida: não sabe se vai ser freira ou viver um grande amor.
Quais são as suas expectativas?
Primeiro, que dê tudo certo (risos). E quero que a Santinha não seja uma mocinha apática, mas sim cheia de atitude, mesmo sendo meiga.
Como é contracenar com figurões como Cássia Kiss e Mauro Mendonça?
É um grande privilégio, porém, também uma enorme responsabilidade. Sinto a obrigação de dar o melhor para que as cenas fiquem perfeitas. É muito bom saber que houve esse voto de confiança no meu trabalho.
Se você não fosse atriz, qual seria a sua profissão?
Eu seria diretora de teatro. Tranquei a faculdade de direção teatral na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 2007 para fazer Malhação. Não dava para conciliar a escola e o trabalho. Achei que iria voltar a estudar neste semestre, foi quando pintou Paraíso. Mas pretendo retomar o curso.
O que faz para manter a forma?
Não faço nenhum regime, mas sempre procuro comer alimentos saudáveis. E às vezes sinto muita vontade de traçar um brigadeiro (risos).
Qual é o seu maior sonho?
Gostaria demais de ter uma companhia de teatro. Um dia vou conseguir!