Nanda Costa é uma garota de fibra
A atriz, que vive a Soraia de Viver a Vida, conta como conseguiu fazer seu papel crescer a trama e das dificuldades que enfrentou para alcançar o sucesso
A jovem ganhou seu espaço na trama
de Manoel Carlos
Foto: Rafael Campos
O poder de transformar pequenos papéis em personagens de destaque está nas mãos de
Nanda Costa. Em Cobras & Lagartos (2006), Madá era uma mera coadjuvante, que foi alçada ao posto de uma das grandes vilãs da trama de João Emanuel Carneiro. A situação se repete agora em Viver a Vida. Soraia era um papel tímido, que virou a principal antagonista de Dora (Giovanna Antonelli).
No folhetim de Manoel Carlos, a morena tentou seduzir Garcia (Mario Jose Paz) e agora arrasta as asas para Marcos (José Mayer). Acho que a falta de expectativa, meu comprometimento e meu empenho fizeram com que isso acontecesse. Quero dar o melhor e estar inteira em cena. Deixo abertas mil possibilidades para que o autor me conduza, afirma a atriz.
Nascida em Paraty, pequena cidade do Rio de Janeiro, Nanda deixou sua terra, aos 14 anos, para tentar a carreira de atriz em São Paulo. Mesmo com a relutânciados pais, ela não perdeu o foco. Se eu não levasse a sério a escola, sabia que minha mãe me faria voltar para Paraty, diz a bela, que batalhou muito e conseguiu uma bolsa no badalado curso do diretor Wolf Maya.
Para se manter em São Paulo, Nanda chegou a morar num pensionato de freiras, na casa de amigos e até virou hóspede de uma professora de biologia. Nunca fui de ter um lugar específico. Não sou de casa, sou das casas, diverte-se. A atriz também teve de trabalhar num restaurante japonês para pagar as despesas do curso. Eu ia para o colégio de manhã, trabalhava no restaurante à tarde e corria para a aula, à noite. E fazia de tudo para chegar ao pensionato até as 23h30, senãoas freiras ligavam para a minha mãe e eu voltava para casa na mesma hora, lembra. Mas seus esforços deram resultado e a garota, de 23 anos, brilha em papéis que conquistou com seu talento e disciplina.
Ao lado de Mario Jose Paz e em cena do filme Sonhos Roubados
Foto: Divulgação
O contato com Wolf Maya rendeu o convite para viver a Madá, de Cobras & Lagartos, que resultou num contrato de três anos com a emissora e o papel de Dolores Duran, no programa Por Toda Minha Vida, sobre a trajetória da cantora. Sempre quis ser atriz. Eu tinha uma curiosidade sobre a vida das pessoas, uma vontade de chegar perto e descobrir. Sem julgar ou criticar, mas querendo entender, lembra.
Depois de conquistar seu espaço na TV, ela se dedicou a outro universo: o cinema. A estréia foi em Carmo (2008), co-produção Brasil/Espanha/Polônia. No mesmo ano, participou de Bezerra de Menezes: O Diário de um Espírito e agora brilha em Sonhos Roubados, dirigido por Sandra Werneck, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival do Rio de 2009. E, depois da novela, Nanda quer fazer mais cinema: Tenho vários projetos, mas não penso nisso. Agora, sou a Soraia e serei Soraia até o final da novela.