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Na véspera do Oscar, Liza Minelli ainda se recusa a aprovar ‘Judy’

Atriz reflete sobre como Judy Garland era como mãe em uma entrevista cândida à Variety

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 7 fev 2020, 08h53 - Publicado em 4 fev 2020, 19h50

Renée Zellweger não pode ousar fazer cara de surpresa quando for anunciada como Melhor Atriz no Oscar de domingo (9). Sua atuação como Judy Garland recebeu todos os prêmios para o qual foi indicada até o momento. São 21 no total, em uma lista que ainda cabe mais reconhecimento. No entanto, há três pessoas que não viram e não gostaram de Judy: os filhos da atriz e cantora que ela interpreta no filme.

Durante a preparação para o papel Zellweger tentou entrar em contato com os herdeiros, mas eles não quiseram papo. Essa semana, quando questionada novamente pela revista Variety, Liza Minelli foi direta: além de não ter interesse em ver o filme, encerrou o assunto: “espero que [Zellweger] tenha se divertido fazendo o filme”.

É possível entender um pouco a reação dos filhos. Na entrevista à Variety, Minelli fala muito carinhosamente da mãe que chama de superprotetora e à quem foi comparada ininterruptamente durante toda sua vida. “A parte mais difícil foi ser reconhecida por mim mesma em vez de a filha de alguém. Me lembro da mamãe dizer “não fique chateada pela maneira que eles possam te comparar comigo porque você é uma artista também’. Eu dizia “Não vou ficar” mas aí ela lia algo que me comparavam a ela. Ela dizia “como ousam? Você é uma mulher independente. Que droga! não conseguem ver isso?”  e jogava a revista no lixo”, ela lembra. “Ela era maravilhosa e superprotetora. Ela tentava nos proteger de tudo que outras pessoas falavam da gente. A menos que fossem coisas boas”, ela riu.

Judy – Muito Além do Arco-íris (Paris Filmes/Divulgação)

O filme Judy retrata os últimos meses de vida de Judy Garland, quando ela estava passando por problemas financeiros, brigando pela custódia dos meio-irmãos de Minelli – Lorna e Joey Luft – e se aceitando a fazer shows em Londres para poder pagar as contas. A Judy do filme é alcoólatra, dependente de remédios e depressiva.

Segundo Zellweger, ela entende que os filhos não tenham querido se envolver com a produção. “Quando você entende o que ela conseguiu superar para poder continuar a mostrar resultados e continuar a se apresentar para suas plateias, e se conectar com as pessoas e comovê-las como ela fazia, é aí que você realmente entende como ela foi extraordinária”, disse na época da divulgação do filme.

Lorna Luft, Joey Luft e Liza Minnelli: os filhos de Judy Garland se recusam a ver ou aprovar o filme Judy (Gregg DeGuire/WireImage/Getty Images)

Há dois anos, quando iam começar as filmagens, Liza Minelli foi ao Facebook para declarar: “Nuca conheci ou estive com Renée Zellweger, não sei como essas histórias começaram. Não aprovo nem sanciono o filme que será feito sobre Judy Garland de nenhuma maneira”, escreveu.  Lorna Luft não ficou atrás: “Eu penso que se você realmente quiser conhecer a minha mãe, vá rever seus filmes, vá ouvir seus discos e ver seus shows de TV. É assim que você vai conhecê-la”, ela declarou.

O diretor de Judy, Rupert Goold se defende. “Eu suponho que seja uma invasão de privacidade e é a complexidade de ser uma estrela infantil. É alguém que você quer ter intimidade e ao mesmo tempo, de uma maneira berrante, é uma propriedade pública”, ele disse ai Entertainment Tonight.

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Liza Minelli com sua mãe, Judy Garland, pouco menos de 3 anos antes de sua morte (Hulton Archive/Getty Images/Getty Images)

Para a Variety, Minelli não se absteve de falar de sua mãe. “Eu ficava feliz quando ela estava feliz. Ela era divertida, muito divertida, clara, incrivelmente inteligente, mas mais do que você pudesse imaginar e muito focada”, lembra ela.

Enquanto Garland só recebeu Oscar honorários, sua filha é uma das raras atrizes que tem o que chama de EGOT: venceu Grammy, Tony, Oscar e Emmy. Uma lenda do entretenimento por suas próprias vitórias, Minelli diz que aprendeu muita coisa com a mãe e que a sente próxima, mesmo tendo falecido há tanto tempo. “Quando chamo por ela ela está lá e eu a chamo com frequência. Ela me diz “ignore isso” muitas vezes. Ela diz “é uma opinião. Quem se importa? Apenas siga em frente”, comentou a atriz.

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Pelo menos o filme parece ter retratado muito bem o amor que Garland tinha pelos filhos.

“Nós nos divertíamos muito porque ela era muito engraçada. Ela era engraçada e amava muito seus filhos. Ela era protetora e disciplinadora. Ela queria que você fizesse a coisa certa, como qualquer mãe. É simples assim”, encerra Minelli.

 

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