Maurício Destri: “Sempre fui de poucas mulheres”
Ele tem rosto angelical, um jeito manso de falar e não esconde seu romantismo. Mas também carrega muita garra e determinação, que o fizeram chegar ao papel de protagonista da novela I Love Paraisópolis, da Rede Globo. Com vocês, a versão vida real do idealista Benjamin.
A parte externa do estúdio de I Love Paraisópolis, atual novela das 7, onde encontra a reportagem da ESTILO, o ator catarinense Maurício Destri age com tal naturalidade e segurança ao cumprimentar colegas e comentar notícias sobre o folhetim que impressiona. Afinal, há apenas quatro anos, ele pleiteava ser garçom no restaurante Spot, um dos mais badalados de São Paulo, e o sonho de viver só como ator parecia distante. Em uma noite de trabalho, porém, Maurício cruzou por acaso com o produtor de elenco Luciano Rabelo e a história mudou de rumo.
Rabelo o convidou a fazer um teste para a novela Cordel Encantado, de 2011. Ele passou e levou o papel de dom Inácio. Hoje, vive o primeiro protagonista, Benjamin. Pode parecer uma ascensão fulminante para um jovem de 24 anos recém-completados, mas não para quem se encantou pela arte de interpretar no início da adolescência.
Nascido em Criciúma (SC), mudou-se da cidade natal para São José dos Campos (SP) aos 16 anos e em seguida para capital paulista para estudar teatro. Agora, mostra que aprendeu as lições dentro e fora do set. Equilibra inúmeros compromissos profissionais, atende os fãs – só em uma das redes sociais, o número ultrapassa os 500 mil – e sabe despistar quando o foco é sua vida pessoal. Abre o jogo, no entanto, sobre sua trajetória, seus dotes culinários e seu romantismo.
Como descobriu a vocação para atuar?
Ao passar férias na casa da minha tia, em São José dos Campos. Lá, tinha acesso a programas fora da minha rotina, como teatro e cinema. Foi o namorado da minha prima que me mostrou Hamlet, do Shakespeare. A história mexeu comigo e tive a certeza de que esse era o meu caminho. Mudei-me para a cidade aos 16 anos e comecei a frequentar escolas de teatro. Um ano depois, fui para São Paulo.
Ter saído de casa cedo acelerou seu amadurecimento?
Em São José, minha tia me ajudava financeiramente e ela continuou a fazer isso quando fui para São Paulo. Mas deixava claro que era momentâneo. Então, corri atrás de algo que me mantivesse e assim cheguei ao Spot. Lá, acabei topando com a oportunidade de entrar em uma novela.
É verdade que você cozinha?
Desde os 10 anos, pois minha mãe sempre trabalhou fora e tinha de me virar em casa. Comecei fazendo arroz, feijão e uma carne. Agora, preparo pratos como moqueca de camarão e atum com crosta de gergelim. Uma das minhas combinações prediletas é shimeji com tomate-cereja.
Você é vaidoso?
Na medida. Cuido da pele do rosto porque uso bastante maquiagem quando gravo. Vou à esteticista e aplico protetor solar e produtos manipulados para evitar espinhas.
Qual seu estilo na hora de se vestir?
Gosto de roupas, mas sou low profile. Uso calças lisas, T-shirts de cores neutras, malha e jaqueta jeans. Quando tenho alguma festa, recorro à stylist Tica Bertani, mas não mudo muito minhas escolhas. No lançamento da novela, vesti uma camisa, calça de alfaiataria e botas pretas. As marcas preferidas do momento são Ellus, Gap, Zara e Burberry.
O que o atrai em uma mulher?
Eu preciso primeiro conhecer a pessoa para identificar o que me atrai nela. Não é apenas uma questão de beleza, de achar uma mulher linda e pronto. Tenho de estabelecer uma conexão.
É um romântico, então?
Sou do tipo que, na escola, gravava CDs com músicas românticas, escrevia cartas e colocava na mochila das meninas. Meu primeiro beijo foi aos 14 anos. Claro que as paqueras existem, mas, no geral, sempre fui de poucas mulheres.