Isabella Fiorentino: ‘Só me arrependo de não ter investido mais na minha carreira internacional’
A apresentadora do Esquadrão da Moda lança seu perfume e, sincera, confessa que talvez tenha sabotado seu sucesso como modelo no exterior
“Todo mundo treme na presença de Silvio Santos”
Foto: Rodrigo Braga
Sentada à mesa de almoço, Isabella Fiorentino bate um papo descontraído enquanto come frutas laminadas de sobremesa. Entre um assunto e outro, ela pergunta para os representantes da Jequiti: “Mas de onde surge o primeiro cheiro? Aquele que é a primeira versão do perfume?”. Aos 37 anos, a apresentadora do Esquadrão da Moda lança o seu próprio perfume, um floral frutal que assina com seu nome. “Um dia, estava me arrumando no camarim quando o Sílvio (Santos) entrou. Eu tremia. Não tem jeito, gente, todo mundo treme na presença dele. Sílvio virou para mim e falou: ‘Vem cá, como você ainda não tem um perfume seu?’. Depois de uma semana, começamos a produzi-lo”, explica ela. Do início do processo até o resultado final, diz Isabella, demorou mais ou menos um mês. Quer dizer, talvez um pouquinho mais…”Sabem como é, sou geminiana. Mudo de ideia toda hora!”, brinca.
Apesar disso, Isabella garante que hoje é uma mulher decidida. “A gravidez iluminou as coisas na minha vida, clareou a minha mente inclusive sobre o meu estilo. Agora eu sei o eu quero, o que eu gosto, como eu quero a minha vida e a minha carreira”, explica. Mãe dos trigêmeos Bernardo, Nicholas e Lorenzo, de 3 anos, e à frente do Esquadrão desde 2009, a apresentadora diz ter uma rotina tranquila – e ela entende de vida agitada. Como top model, fez desfiles em todo o mundo e enfrentou intensas edições de São Paulo Fashion Week até deixar as passarelas há 5 anos. “Parei no momento em que eu achava que tinha que parar. Hoje as modelos têm 15 anos, elas acordam magras e eu tenho que malhar!”, brinca.
Isabella é mãe dos trigêmeos Bernardo, Nicholas e Lorenzo: “A gravidez iluminou as coisas na minha vida”
Foto: Paulo Eduardo/AgNews
Mas um arrependimento restou daquela época. “Não ter investido mais na minha carreira internacional. Quando eu fui para fora, tinha muitas saudades de casa, por isso tive uma carreira bem mediana. Eu era muito diferente da Gisele (Bündchen), por exemplo, com quem morei junto. Ela sempre teve um desejo muito grande de estourar como modelo, ficava empolgada quando tinha casting. Eu ficava feliz quando me ligavam e diziam que teríamos o dia de folga!”, ri Isabella. No tempo livre, a apresentadora gostava de passear, visitar a cidade e se divertir como turista. “Talvez inconscientemente eu nem queria que tivesse dado certo, porque se não teria investido mais”, reflete.
Da menina ao ícone fashion
A paixão pela moda surgiu muito antes das passarelas. Na infância, Isabella gostava de usar as roupas e maquiagens da mãe, montando looks enquanto ela estava fora. É entre risos que relembra os velhos tempos: “Minha mãe corria o dia inteiro, quando chegava em casa, eu estava com um penhoar rosa, saltos altos e colares. Parecia uma cena de novela!” Até mesmo quando o hobby virou profissão, a ex-top model não passou a desejar uma folga da cobrança de estar sempre bela. “Eu sempre gostei do que é bonito, do que é estético. Não sou capaz de sair sem blush, batom, protetor solar… É uma lista extensa! Não canso de moda, não é um fardo para mim de maneira nenhuma”, garante.
O gosto pela moda nasceu quando ela era ainda pequena. Em casa, brincava com as roupas e maquiagens da mãe
Foto: Divulgação
Ao lado de Arlindo Grund, Isabella Fiorentino dá dicas de como se vestir no Esquadrão da Moda. O programa incentiva a mudança de visual de uma participante inscrita por um amigo, que recebe a consultoria para renovar o guarda-roupa de acordo com as regras dos apresentadores. “É incrível. Depois de participarem, elas choram, nos mandam cartas, presentes… É nos bastidores que a gente acaricia mais a participante. Não é fácil pensar que você vai estar diante de milhões de pessoas enquanto alguém detona a sua roupa”, explica Isabella.
E nem sempre as histórias são bem sucedidas. “Já tivemos uma participante que começou todo o processo e foi até fazer as compras. No dia, ela resolveu desistir: devolveu todo o dinheiro, todas as roupas e sumiu”, revela. Já os principais casos de sucesso têm a ver com as conquistas profissionais que as mulheres alcançam depois da participação. Enquanto várias conseguiram empregos, outras foram até promovidas. “Tudo isso porque a roupa conta muito”, esclarece.
Com seu jeito doce, Isabella também faz questão de acalmar as mais preocupadas: “Todo mundo erra no dress code de vez em quando.” O exemplo vem como uma história que aconteceu com ela mesma. Certa vez, pronta para um evento no Rio de Janeiro, ela viu a foto de outra convidada no Instagram. “A festa era black tie e eu não sabia! Fiquei muito preocupada, não tinha um longo, mas também não tinha o que fazer. Fui para o evento e fiquei sem graça”, confessa, deixando a receita para o look bem sucedido: “Não tem isso de ser uma roupa de marca e nem de gastar muito. O importante é se vestir de acordo com a ocasião. Não é uma questão de estar montada, mas de ser você de um jeito mais elegante.”
Isabella durante o lançamento de seu perfume
Foto: Divulgação