Fernanda Paes Leme: além de vibrador, expor macho fragilizado me dá prazer
A atriz rebateu o secretário de Cultura, o ator Mario Frias, de que ela deveria ser uma pessoa solitária: "temos que normalizar o autoprazer"
A atriz Fernanda Paes Leme publicou um texto no seu perfil do Instagram rebatendo as declarações do atual Secretário de Cultura, Mario Frias, à Folha de São Paulo, que ela teria uma “vida muito solitária” por usar um vibrador na hora da masturbação.
Fernanda lamentou que o secretário, um cargo que exige, tanta responsabilidade, perca tempo com comentários sobre a sua vida e afirmou que expor “macho fragilizado e limitado”, também lhe dá prazer, além de usar o vibrador.
“Eu nem cheguei a ver o que o atual secretário de cultura comentou sobre mim na época em que saíram várias notícias sobre meu vibrador quebrado. Me admira que essa pessoa, num cargo que exige tamanha responsabilidade e que, nota-se, trabalha tanto * cof cof cof *, tenha tirado um momento do seu dia para lamentar a minha perda e minha solidão.”
Apesar de considerar desnecessária uma resposta a Mario Frias a atriz – que tomou conhecimento da fala do secretário a partir de texto publicado pela colunista Mariliz Pereira Jorge – continuou:
“Eu juro que não me incomoda o que você acha de mim. Primeiro porque a gente não se conhece (ufa), segundo porque eu não acho que você tenha conhecimento real de algo. Somo a sua opinião a tantas outras, descartáveis, bobas, inseguras. Mas então porque eu decidi fazer esse post? Pq além de um bom vibrador, expor macho fragilizado e limitado também me dá prazer”.
Ver essa foto no Instagram
Em entrevista ao jornal “O Globo”, publicada hoje, a atriz diz que vivemos em uma sociedade machista e explica que já foi atacada tanto por homens quanto por mulheres ao falar sobre masturbação feminina.
“É triste ver como as pessoas ainda se limitam, como limitamos nós mesmos. Mas vamos deixar claro que as mulheres também gozam. A palavra masturbação não me assusta, não me incomoda e não me tira de um lugar confortável. Quanto mais falarmos sobre o assunto, mais natural será. Temos que normalizar o autoprazer. Não tem jeito”, afirmou.