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Família, sucesso e bem-estar: dilemas de Mônica Martelli

Para a atriz, as escolhas são feitas de renúncias

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 08h47 - Publicado em 23 out 2012, 21h00
Igor Zahir (/)
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“Hoje, que sou mãe, tenho medo da morte”, conta a atriz Mônica Martelli em entrevista para a LOLA 
Foto: Ernani D’Almeida

Do premiado espetáculo “Os homens são de Marte…e é pra lá que eu vou!“, a atriz Mônica Martelli é conhecida também por Dilemas de Irene, seriado de humor do GNT que trata dos dilemas da mulher moderna: a busca de equilíbrio entre a vida pessoal, o amor e o trabalho.

Já se aproximando dos 40, Mônica nem dá bola: lida com os dilemas de família, filhos, sucesso e bem-estar com muita tranquilidade. “Escolher é renunciar. Uma vez feita a escolha, tem que ir com tudo, tem que pisar fundo.”
 
LOLA – É fácil manter uma rotina rígida de beleza no meio da correria? Quais são os cuidados que você não abre mão?
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Mônica Martelli – Me alimentar bem. Tento ter uma alimentação saudável. Isso não significa dieta, eu como tudo, mas tento comer com qualidade. Mas como eu viajo muito com meu espetáculo “ Os Homens são de Marte…e é pra lá que eu vou!”, como muito em restaurantes, então, não é fácil. É muita comida boa nesse Brasil – e tem sempre uma sobremesa incrível, tem sempre um prato que é específico daquele lugar, que eu não posso perder. Aí acabo comendo… mas como pouco. Faço Pilates três vezes por semana quando não estou gravando. Nunca durmo maquiada, sempre lavo o rosto antes de dormir e depois  passo meus creminhos. E bebo água o dia inteiro.
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O que mais te deixa indecisa?
 
Tudo! Vivo indecisa. Tenho que tomar decisões o dia inteiro, e isso me causa muitas dúvidas. Escolher é renunciar. Se opto estar aqui, não vou poder estar lá. Uma vez feita a escolha, tem que ir com tudo, tem que pisar fundo.
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Qual sua viagem inesquecível?
 
Fernando de Noronha. Inesquecível. Estar em contato com a natureza é se sentir próximo de Deus. Noronha traz essa sensação. Mar azul, golfinhos, lua, estrela, tartarugas, areia, sol e muita paz. Não existe estresse, não existe o medo, a violência das capitais. O corpo e a mente relaxam verdadeiramente e agradecem.
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O que te dá culpa – e o que fazer quando ela bate na porta?
 
Quando não sou solidária numa situação que eu poderia ter sido. Quando bate, tento reverter a situação – e, se não consigo, que sirva de lição para a próxima oportunidade – já que o que não falta são oportunidades diárias de sermos solidários.
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Qual o melhor lugar para soltar a Becky Bloom e detonar nas compras?
 
Nova Iorque. É uma tentação. Não tem jeito, dá vontade de comprar tudo. Primeiro, porque tem tudo que uma pessoa possa desejar ou imaginar. E os preços? São tentadores, fazem com que você se sinta na obrigação de comprar. Mas depois de um ataque consumista, sempre me bate uma ressaca. Dá uma sensação estranha, uma insatisfação. Eu acho que comprar muito só é bom na hora. Depois, quando chega em casa, dá um certo arrependimento e uma enorme vergonha do número de sacolas. Eu junto tudo numa sacola só, para parecer que o surto foi menor. A maioria das coisas você se certifica de que nem precisava.
 
O que te dá medo?
 
Hoje que sou mãe, tenho medo da morte. Quero viver muito para criar minha filha e vê-la crescer e se tornar uma mulher.

Família, sucesso e bem-estar: dilemas de Mônica Martelli

Mônica grávida da sua primeira filha, Julia, em 2009 
Foto: Markos Fortes

O que te coloca no seu limite?

O Medo. O limite é a gente que impõe.
 
A facilidade de comunicação hoje aproxima ou afasta as pessoas? Ficou mais fácil encontrar e detectar a outra metade da laranja?
 
Como tudo na vida, têm os dois lados da moeda. Hoje podemos usar a tecnologia para conhecer pessoas, encontrar antigos amigos, fazer negócios, discutir problemas.  Quando um amigo ou um familiar viaja para longe, você pode se comunicar através do Skype, do facebook, e-mail, MSN. Isso tudo ajuda a matar a saudade. Mas, por outro lado, a facilidade de comunicação faz com que as pessoas numa mesa de restaurante fiquem digitando seus celulares e não conversem, nem se olhem direito.  Estão na praia postando fotos e digitando no facebook. Às vezes dentro de um escritório se comunicam pelo virtual. E assim perdem a oportunidade de contato pessoal. Isso aumenta muito distância afetiva entre as pessoas. Não sei se ficou mais fácil  encontrar a outra metade da laranja, porque fácil nunca é. Com internet ou sem internet. O que eu sei é que para alguém virar um grande amor, tem sair do mundo virtual e vir para o mundo real.
 
Homens são de Marte e mulheres são de Vênus ou está cada vez mais tudo junto e misturado?
 
Apesar de estar cada vez mais tudo  junto e misturado, somos homens e mulheres de planetas diferentes. Somos seres diferentes, com desejos diferentes e visões diferentes! Estamos nos juntando cada vez mais porque estamos reconhecendo essas diferenças e aprendendo a conviver  com elas. Essa é a grande riqueza.

Família, sucesso e bem-estar: dilemas de Mônica Martelli

Mônica na peça “Os homens são de Marte… e é pra lá que eu vou!”
Foto: Livio Campos

 

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