Fabíula Nascimento: “Já traí e já fui traída, com certeza. Traição depende do peso”
A atriz vive um momento de amadurecimento com novo namorado e uma radicalizada no visual
No centro cultural Casa Rosa, no Rio, Fabíula conta que, apesar de acreditar no casamento, por enquanto só quer saber de namorar
Foto: Tabach
O novo corte de cabelo é só um dos indícios de que Fabíula Nascimento, 35 anos, está se transformando. Essa fase de amadurecimento começou com o sucesso como Olenka em Avenida Brasil (Globo, 2012). A atriz emendou o trabalho na minissérie O Canto da Sereia (Globo, 2013) e agora é a vedete Matilde Meyer em Joia Rara, na qual desenvolveu ainda mais sua sensualidade, uma marca na carreira. Segura diante das câmeras, Fabíula também está com o coração em ebulição. Há quatro meses, namora o diretor Felipe Bond, mas passa longe de planos de trocar alianças e construir uma família. Com a experiência de quem já foi casada por dez anos (com o ator Alexandre Nero, 43), ela prefere deixar a relação seguir seu caminho natural, pois já sabe dos riscos e dos possíveis tropeços em um namoro.
Mais uma vez, você está em um papel sensual. Isso a incomoda?
Na realidade, me escolhem. Quando me perguntam se eu me acho sensual, digo que não. É uma coisa que existe, de comportamento, que talvez exista no sex appeal da mulher mesmo. Não faço nada para ser sensual.
Como foi a preparação para ser uma vedete em plena novela das 6?
Sempre dancei. Eu retomei as aulas de balé no início do ano para recuperar um pouco a postura e a leveza dos movimentos. E busquei referências, fui atrás de vedetes brasileiras, das músicas que faziam sucesso na época de 1940, 1950, vi a maneira como as mulheres se comportavam…
E você precisou mexer em seu cabelo para a personagem?
Adoro mudanças. Quando tirei o megahair, meu cabelo, que é cacheado, estava bastante danificado, meio alisado, esquisito. Aproveitei que estava mais liso e fiz escova marroquina para dar uma unificada. Quando voltei para prova de figurino, pensaram em uma vedete americana que tinha cabelo preto, mais comprido e com franja. Pirei na proposta, fui lá, pintei de preto e mantive a franja, que, na época, estava mais comprida e moderna. Não dá trabalho para cuidar, só pinto uma vez ao mês. Por causa da cor, não desbota.
Uma das marcas registradas da atriz, Fabíula diz que sua sensualidade é espontânea
Foto: Tabach
Na trama, sua personagem sofre com uma paixão proibida, ao se encantar com o monge. Já teve uma paixão proibida?
Nunca. Não faço essas coisas. Se não é para pegar, não é para pegar. Se está com vergonha de estar com a pessoa, não é para estar. Tá louco!? Mexer com o que não é meu!? A gente sabe se o cara tem outra. Você não se relaciona com uma pessoa sem saber quem ela é. Pelo menos comigo. Não tenho essa disponibilidade para encontrar essa pessoa, pegar, me envolver, de jeito nenhum. Preciso muito conhecer onde estou entrando. As pessoas são muito loucas.
Como está seu namoro com o diretor Felipe Bond?
Estou muito feliz. Não quero falar de datas, nada disso. Resolvi me preservar, porque as pessoas são muito desrespeitosas.
Você já foi casada por dez anos com Alexandre Nero. Pensa em voltar a se casar?
Casar é bom. Mas tem o lado ruim, porque você fica muito íntima daquela pessoa, então ela é a primeira em quem você vai descontar sua raiva ou sua alegria. Com Alexandre, a gente terminou bem. Mas cada relação é única. Você só se aproxima e engata se houver algumas vontades em comum. Não que você precise ser totalmente igual ou diferente. As diferenças são bem-vindas também, mas é preciso ter algo em comum para poder seguir com a pessoa. Felizmente, todos meus ex-namorados que passaram na minha vida foram pessoas incríveis.
Já foi traída?
Já traí e já fui traída, com certeza.
Se arrepende? Não. As coisas acontecem. Traição depende do peso. Dependendo da maneira como acontece, às vezes você faz e se arrepende, às vezes faz e vê que aquilo não é para você, que a relação que você tem é muito mais importante. E tem milhões de tipos de traição. Não é só ficar com outra pessoa.
Pensa em ser mãe?
Isso, hoje, vou dizer que não. Nunca tive aquela coisa de sonho de criança, de casar com véu, festa.
ESTA ENTREVISTA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1991 DA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 13/11/2013.
“Tá louco!? Mexer com o que não é meu!? A gente sabe se o cara tem outra… Preciso muito conhecer onde estou entrando”
Foto: Tabach