Fábio Assunção abre seu coração
Depois de quase um ano se tratando da dependência química, o ator grava a minissérie "Dalva e Herivelto" e fala da empolgação em retornar ao trabalho
Fábio Assunção retorna à telinha na
pele do sambista Herivelto Martins
Foto: AgNews
“Lindo, tesão, bonito e gostosão!” O coro formado por cerca de 50 mulheres jovens, maduras e até senhorinhas, saudava sabe quem? Ele mesmo… Fábio Assunção. O galã, que há quase um ano se afastou da TV para se tratar da dependência química, recebeu emocionado o carinho das fãs durante a gravação do terceiro e quarto capítulos da minissérie “Dalva e Herivelto”, que estreará em janeiro.
A calorosa demonstração de amor e confiança aconteceu na segunda, 5 de outubro, no Rio. Mais motivado do que nunca, o ator, de 38 anos, revelou como tem sido a preparação para viver o saudoso cantor e compositor Herivelto Martins. Vamos ao nosso gostoso bate-papo…
É a primeira vez que você faz um personagem que existiu na vida real?
Exatamente! É a primeira vez que faço alguém que de fato existiu e isso não é nada fácil. O Herivelto nasceu em 1912 e morreu em 1992 e não posso interpretá-lo como quiser. Sua imagem ainda está muito fresca na memória das pessoas.
Está gravando todos os dias?
Sim. Estou, todo santo dia. Inclusive os dias santos (risos).
E como está sendo essa sua volta ao trabalho?
Essa coisa de voltar… Na verdade, eu não voltei! A gente sempre vai em linha reta (risos). Eu continuo minha caminhada e minha trajetória. Eu não estou voltando de lugar nenhum. Eu estou indo! Estamos todos indo para algum lugar…
Certo. E por que decidiu retomar sua carreira, logo com essa minissérie?
Neste ano chegaram até mim alguns roteiros… Recebi convites para fazer duas peças, uma em São Paulo e outra aqui no Rio, e me chamaram também para duas minisséries. Pensei longamente sobre todas as propostas. Mas no caso desta, para viver o Herivelto, decidi na hora. Foi uma questão de afinidade com o trabalho e com as pessoas que estão envolvidas nessa obra.
É o caso do diretor Dennis Carvalho, por exemplo?
Sim, o primeiro trabalho que fiz com ele foi em 1994 (a novela Pátria Minha). Ele é um cara em quem confio e com quem tenho cumplicidade. Tem sido muito bom porque estou com amigos, entende? Além do Dennis, tem a Adriana Esteves, que é minha comadre, madrinha do meu filho (João, 6 anos). Estou também com a Maria Adelaide Amaral (a autora) com quem me relaciono muito bem desde Os Maias (minissérie global de 2001). São pessoas que adoro.