Entrevista com Reynaldo Gianecchini
O ator fala sobre o seu casamento com Marília Gabriela e conta como conseguiu evoluir na carreira
“O Fred é meu oposto. Eu me
preocupo como ser humano.
Ele não”, diz Reynaldo
Foto: Alan Teixeira
Ele é corajoso. Estreou “verde” em uma novela das oito (Laços de Família, em 2000), sofreu preconceito por ser lindo e batalhou muito para deixar de ser “o marido da jornalista Marília Gabriela” – de quem está separado.
Com o Fred, de Passione, Reynaldo Gianecchini mostra que virou um grande ator e não faz feio nem ao lado de Fernanda Montenegro! O autor Silvio de Abreu escreveu o papel pensando nele. “Fico lisonjeado”, diz.
Toda mulher quer casar com um vilão com cara de mocinho?
Cuidado! Como diria a minha avó, “quem vê cara, não vê coração”.
O que é seu, no Fred?
Só o meu corpo (ri). O Fred é o meu oposto. Eu me preocupo com o ser humano. Ele não.
Como vê o preconceito que sofreu?
O preconceito é um pré-julgamento, o que não considero muito justo. Se hoje percebem a minha interpretação, mais do que a beleza, conseguiram identificar a verdade ou, pelo menos, a seriedade, o empenho e a dedicação que coloco em cada trabalho.
O que fez você amadurecer?
Foi a própria vida. Os obstáculos, experiências, e as pessoas que cruzaram meu caminho. E procuro estudar, fazer cursos, textos, observar.
Ser casado com uma pessoa pública atrapalhou na época?
Acho que o nível de exigência aumenta, mas nunca vi isso como um problema. O fato de ser casado com a pessoa Marília Gabriela só me ajudou. Não é todo mundo que tem a chance de ter ao lado uma mulher inteligente, bem-humorada e companheira num momento tão importante.
Pensou em desistir?
Não.
Qual a importância que dá para o corpo?
Acho que cuidar do corpo é fundamental para a saúde. Fiz balé por causa da peça Doce Deleite, mas não faço mais. Agora, eu malho.
Qual é a sua paixão?
A vida, com certeza.