Conheça o homem trans que inspirou a história de Ivana na novela
Além de ser consultor de Gloria Perez no roteiro de "A Força do Querer", Tarso Brant começa a atuar na novela nessa quinta-feira (27).
Nesta quinta-feira (27), o mineiro Tarso Brant vai fazer sua estreia em “A Força do Querer” e ele é um cara muito especial na trama da novela. Sua história de vida inspirou a criação da personagem Ivana, interpretada por Carol Duarte. Tarso é um homem trans de 24 anos e ele também é consultor de Gloria Perez na produção do roteiro.
O mais bacana é que o moço vai entrar na novela para ser o “anjo da guarda” de Ivana nessa fase de transição de gênero. Os dois vão se tornar grandes amigos e ele vai ajudar a personagem a compreender os dilemas que começaram a surgir.
Na vida real, Tarso ficou conhecido como Tereza Brant – que também é o nome do personagem dele na novela – e assumiu-se como homem há três anos. Em entrevista ao jornal Estado de Minas, ele disse que sempre soube que não era como as outras meninas, mas demorou a aceitar o fato de que é uma pessoa trans.
“Optei por não me definir enquanto não tive a consciência e compreensão necessária para fazer assertivamente minhas escolhas. Sempre me senti homem, mas não sabia como lidar de maneira a expor isso de alguma forma”. Ele conta que só conseguiu abraçar sua real identidade depois de ter contato com o espiritismo.
Em relação à atriz Carol Duarte, Tarso é só elogios. Para ele, a interprete de Ivana está fazendo um excelente trabalho.
“A Carol está brilhante. Dando um show de sutileza e mostrando muito além do problema do corpo, do exterior. Consegue falar da alma e o que a pessoa trans sente. Eu tinha uma prima igual a Simone, que ficava incentivando o meu feminino”, disse ao Gshow.
Ele também revela que está se identificando de verdade com o que a novela mostra. “Eu me senti honrado. Me identifiquei em várias cenas da Ivana, principalmente, quando ela bate nos seios. Me emocionou demais porque passei por tudo aquilo. É um sentimento muito ruim se olhar no espelho e não se reconhecer, como se não fosse aquela pessoa”.