Clarice Falcão: “Fico feliz por estarmos vivendo essa moda feminista”
Em entrevista, a pernambucana conta o motivo pelo qual deixou o grupo de humor Porta dos Fundos
A pernambucana Clarice Falcão, 26 anos, teve um bom motivo para deixar, em novembro último, o inovador grupo de humor Porta dos Fundos: se dedicar ao seu segundo álbum, Problema Meu, que chega às lojas em 14 de março, e à produção da turnê, que estreia no dia 18, em Recife. Ela conversou sobre a mudança com a editora Luara Calvi Anic.
Afinal, qual o seu problema?
Ansiedade. Passei dois anos parada e agora tem música nova, CD novo, turnê. É uma mistura de vontade de que chegue logo com pavor de que chegue logo.
Sem essa onda feminista, você teria gravado o elogiado clipe Survivor, em que mulheres pintam a face de batom vermelho?
É difícil imaginar como seria se esse assunto não estivesse em alta. Talvez eu não tivesse feito. Ou ele não teria sido encarado como um clipe feminista. Fico muito feliz por estarmos vivendo essa moda. Espero que dure até que a gente não precise mais de moda nenhuma.
Você costuma ler os comentários do seu trabalho na internet?
Costumava até reparar que, se você dá importância aos comentários bons, é desonesto não dar aos ruins. E dar importância aos ruins acaba sendo contraproducente (e frustrante). Parei de ler.
Por que você saiu do Porta dos Fundos?
Gosto de fazer várias coisas, mas uma de cada vez.