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Cazuza: O tempo não para

Há 20 anos o mundo perdia Cazuza, o ícone do rock brasileiro

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 20 jan 2020, 21h43 - Publicado em 5 jul 2010, 21h00
Patricia Ventura (/)
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Cazuza: O tempo não para

Cazuza foi um dos maiores ícones do rock brasileiro e causou muita polêmica durante sua vida
Foto: Divulgação

No próximo dia 7 de julho de 2010 serão completados 20 anos da morte do cantor Cazuza. O cantor, que foi ícone do rock, surpreendeu o cenário musical brasileiro e também impressionou a sociedade dos anos 80 e 90 com muitas polêmicas.

Nascido em 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza teve uma infância tranquila, mas foi na adolescência que a rebeldia se manifestou. Ele já vivia então o trinômio sexo, drogas e rock’n roll, além de ter assumido ser bissexual, que para a mãe Lúcia Araújo, não foi nada fácil aceitar. 

Cazuza começou a trabalhar com o pai na gravadora da Som Livre e foi lá que se apaixonou pela arte e pela música. Em 1981 entrou para a banda Barão Vermelho como vocalista e então a fama começou. As músicas que fizeram sucesso do grupo foram ”Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, ”Pro Dia Nascer Feliz”, ”Maior Abandonado”, ”Bete Balanço” e ”Bilhetinho Azul”. 

Cazuza: O tempo não para
Cazuza no show do barão vermelho no primeiro rock in rio, em 1985
Foto: Divulgação

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Mas, em 1985, o cantor se desligou da banda por achar que havia perdido a liberdade para compor e se expressar nas músicas e começou sua carreira solo. As músicas que dispararam nas rádios foram “Exagerado”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Brasil”, “Faz Parte Do Meu Show”, “O Tempo Não Pára” e “O Nosso Amor A Gente Inventa”.

Ainda em 1985 ele descobriu que estava com AIDS, mas manteve em segredo. Ele foi levado para os Estados Unidos para fazer tratamentos mas só anunciou ao público que estava com a doença em fevereiro de 1989. Em 1990, Cazuza veio a falecer com 32 anos. No enterro, compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. 

Cazuza: O tempo não para
Cazuza durante show em São Paulo, em 1988. Nessa época, o cantor já estava com o vírus HIV
Foto: Divulgação

Segundo à publicação do Diário de São Paulo em 05 de junho deste ano, mesmo depois de 20 anos, a mãe do cantor, Lucinha Araújo, ainda chora todos os dias por cinco minutos trancada no banheiro. Mas ela ainda lembra de frases e momentos junto ao filho. No último natal em que passaram juntos, no hospital em Boston, ela pediu para que ele desse um sorriso e ele disse: “Mãe, aconteça o que acontecer, vou estar sempre junto de você.” Lucinha disse ainda que não quer que a dor diminua. “Vou tirando a faca aos poucos, se tirar de uma vez dói demais. Deixo para superar e tirar a faca inteira no dia em que me reencontrar com ele.”

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