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Caio Junqueira conta como é viver um policial corrupto nas telinhas

Após o filme Tropa de Elite, o ator volta ao mesmo tema em A Lei e O Crime

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 09h30 - Publicado em 2 fev 2009, 21h00

“Quando a gente escancara a corrupção 
na TV ou no cinema faz com que o 
público entenda o que está acontecendo”, 
acredita Caio Junqueira
Foto: César França

Depois do sucesso de Tropa de Elite (2007), no qual interpretou o policial honesto Neto, Caio Junqueira volta a pegar em armas e a subir o morro. Agora na pele do policial corrupto Romero no seriado A Lei e O Crime, da Record. E, apesar de ter começado a atuar ainda criança, Caio, hoje com 32 anos, tem consciência de que o filme foi um divisor de águas em sua carreira. “No sentido de popularidade, realmente foi ótimo. Não só para mim, mas para outros atores também. Wagner Moura, por exemplo, já tinha sucesso. Depois do longa, porém, ele ficou muito mais famoso. André Ramiro, que não era conhecido, ficou popular. Ou seja: o filme foi bom para todos. “O público carioca criou uma identificação muito grande com os personagens, que existem e que são baseados em fatos reais”, relembra o ator paulistano que está voltando para a emissora e cujo último trabalho foi na novela Escrava Isaura (2004). “Estou adorando esse retorno. É o meu primeiro trabalho como contratado da Record, onde vou ficar por três anos. Cheguei a atuar na Globo de novo, em Desejo Proibido (2007), do Walther Negrão, em que fiz um personagem maravilhoso. Mas, depois que eu soube que eles não tinham interesse em me manter na emissora e, ao ser convidado para voltar para a Record, aceitei na hora. Nada melhor do que você ser requisitado e procurado para trabalhar”, afirma o rapaz. 

Papéis diferentes 

“Tenho preferência por bons trabalhos. Se um diretor me apresenta um personagem legal, num bom núcleo, com certeza eu vou querer fazer. Independentemente do perfil, tentarei interpretá-lo da melhor forma possível e sempre procurando diferenciar um trabalho do outro, por mais sejam parecidos. No caso do Romero, ele é policial, porém completamente diferente do Neto, do filme Tropa de Elite. Romero é um policial civil, corrupto, com um universo diferente do Neto. Quando comparam esses dois trabalhos acho graça, porque já fui diversas vezes o menino virgem e puro, já fiz vários santinhos, advogados, engenheiros, milhões de personagens que se repetem pelos seus perfis, mas não pela interpretação.” 

Vítima da violência

 
“Quem não é vítima da violência hoje em dia? Diariamente, nós somos. Algumas pessoas podem até achar que, só porque nunca foram assaltadas, ainda não foram vítimas. A gente já acorda assombrado pela violência, até porque não dorme tranquilo dentro de casa. Estamos sujeitos a qualquer coisa todos os minutos. Já fui assaltado, pessoas da minha família já foram roubadas… São situações pelas quais a gente passa desde o colégio. Lembro que teve uma época que já não andava mais de relógio na escola para não chamar a atenção. Atualmente são os celulares. O lado bom da polícia é tentar fazer a parte deles, contudo, são interrompidos pela corrupção. Como vivemos no Rio de Janeiro, não tem como passear à noite sem ficar grilado. E o que é pior: acabamos nos adaptando à violência.” 

Desejo de mudança

“Minha mensagem é a arte, é toda a minha entrega, mas se eu fosse analisar esse personagem politicamente e criticamente, a única mensagem que eu quero passar é a realidade. Mostrar como ainda existem corruptos, como a corrupção continua muito presente na polícia e na política do nosso país. Quando a gente escancara isso na TV ou no cinema faz com que o público entenda o que está acontecendo. Minha esperança é que isso provoque de alguma maneira uma mudança no comportamento de cada um. Que o indivíduo aprenda em quem vai votar e estude melhor o perfil de quem vai cuidar da nossa cidade. A violência que a gente vive não vem só da polícia ou do traficante, ela vem ‘lá de cima’.”

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