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Angélica fala sobre a sua rotina e conta as maiores dificuldades do dia-a-dia

A moça tem três filhos fofíssimos, um marido apaixonado, uma carreira bem-sucedida e ainda é uma tremenda gata. Uau, ela é perfeita, certo? Nada disso. Como toda vida, a dela tem defeitos. Mas é gostosa, colorida e feliz

Por Dalila Magarian (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 02h11 - Publicado em 20 Maio 2014, 22h00
Dalila Magarian
Dalila Magarian (/)
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Angélica fala de suas dificuldades e imperfeições
Foto: Jairo Goldflus

Existe um grupo de pessoas que dispensam apresentações. Basta dizer nome e sobrenome que já sabemos de quem se trata. Experimente: Brad Pitt, William Bonner, Michelle Obama, Silvio Santos. Existe outro grupo, ainda mais seleto, daqueles que nem de sobrenome precisam. Gisele, por exemplo. E Angélica. Ocorre a você, leitora, que estejamos falando de alguém que não a apresentadora da TV Globo, a loirinha que muitas de nós viu crescer na televisão, a mãe das fofuras Joaquim, 9 anos, Benício, 6, e Eva, 1, casada com Luciano? Luciano? Sim, o Luciano Huck.

Do universo de celebridades, Angélica é uma das figuras mais íntimas das brasileiras. Existe nela algo que nos desperta uma simpatia imediata: como a maioria de nós, se equilibra entre o casamento, os filhos, o trabalho duro, os cuidados com a casa, a preocupação com a pele. Virou um modelo de “mulher de vida perfeita” justamente por causa de suas imperfeições. Não há boa alma que, ao ler as incontáveis fofocas a respeito da vida sexual de seu marido, não se coloque no lugar dela Angélica e se solidarize com ela. Não há quem, ao ver as ingratas fotos de paparazzi de Angélica no aeroporto, com uma criança em cada mão e aquela feição entre aflita e cansada, não lembre imediatamente do sufoco do voo de volta da última viagem de férias com a família.

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Angélica tem três desejos especiais. O primeiro deles, como toda mãe, é viver o suficiente para ver seus filhos crescidos e felizes – ela completou 40 anos em novembro. O segundo: ter energia para dar conta da rotina puxada. Quem nunca sonhou com um dia de 48 horas? Pois bem, não estamos sozinhas em nossos delírios. O terceiro é que o programa Estrelas, que ela comanda nas tardes de sábado, seja exibido em rede nacional – atualmente, passa apenas em algumas praças. Ou seja, sabe aquele papo “se melhorar, estraga”? Com Angélica, não é assim; sempre dá para ficar mais legal. O bacana é que ela curte ser meio imperfeitinha em sua vida privada. “Meus filhos ficam doentes, meu marido trabalha muito, tem dias em que acordo de TPM”, afirma. “Ainda assim, somos felizes.” Pensando bem, talvez seja justamente isso o que tanto nos fascina em Angélica. Ela não parece perfeita. Parece feliz.

Angélica fala sobre a sua rotina e conta as maiores dificuldades do dia-a-dia
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A loira admite que ganhou maturidade, mas ainda adora apimentar a relação
Foto: Jairo Goldflus

O que mudou na dinâmica de seu casamento após dez anos de vida em comum?
Entrou em cena a rotina. Se, para o bem-estar das crianças, rotina é algo positivo, para o casal pode ser justamente o oposto. Nosso segredo é nos mantermos sempre atentos. Viajamos bastante, passeamos, saímos com amigos, curtimos jantares românticos. Acreditar que o jogo está ganho pode ser uma armadilha.

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Como é o Luciano no papel de pai?
É aquele tipo de pai perfeito para a hora da bagunça; ele está sempre pronto para brincar (risos). Mas as questões do dia a dia ficam comigo. Homens, com raras exceções, consideram cuidar da casa e das crianças um papel feminino. Quando preciso dele, vou lá e peço. Ou melhor, mando. É assim que funciona (risos).

Ter a mesma profissão do marido é bom ou ruim?
Cada vez mais evitamos falar sobre assuntos de trabalho em casa. Acho importante trazer novidades à relação. Embora a gente faça programas de TV diferentes, trabalhamos na mesma empresa e nossos amigos são praticamente os mesmos. Em casa, as crianças nos ocupam bastante, o que por si só muda tudo.

Você deixou de ser romântica?
Até mesmo para criar uma situação romântica é preciso ser prática ou não vou conseguir viabilizar aquele programa especial. Hoje, não dá mais para viver com a cabeça nas nuvens, como nos tempos de juventude. Tem de apimentar a relação, sim, mas de um jeito mais eficiente, menos ansioso.

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Luciano correspondeu ao seu ideal de marido?
Sempre busquei aprender com os homens da minha vida e enxergava o namoro como uma troca entre pessoas, tanto de alegrias e prazeres como de informação. Quando decidi dividir a vida com alguém, meu nível de exigência aumentou. Ao mesmo tempo, Luciano provou para mim que, embora não desse pinta, era um rapaz de família. Foi o que me conquistou. Além disso, o importante para um casal é caminhar na mesma direção. Acho que essa é a chave dos relacionamentos que dão certo.

Como vocês dividem a administração da casa?
Antes de me casar, eu não levava jeito para administrar nada – sempre fui muito cuidada. Hoje, cuido de tudo que se refere à vida doméstica. Brinco que, no futuro, isso vai ter volta. Meus filhos é que vão ter de cuidar de mim.

Como você lida com os boatos de infidelidade que surgem de tempos em tempos?
Com tranquilidade. Luciano me passa segurança, e o que importa é a confiança que existe entre nós. Já me acostumei a esse tipo de fofoca, ainda mais em tempos de redes sociais. A internet, hoje, é terra de ninguém.

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Completar 40 anos fez tocar algum sinal de alerta?
De jeito nenhum. Não acho que as mulheres precisam se guiar por um prazo de validade. Não somos uma caixinha de leite! A vida é um processo e acredito ter ficado mais esperta com o passar dos anos. Na realidade, a ficha dos 40 só caiu recentemente, quando, durante uma mamografia, a atendente perguntou minha idade.

Como organiza seu tempo?
Acordo às 8h30, malho, tomo banho e brinco com a Eva. Depois, tiro 30 minutos para organizar a casa e ler os e-mails. Vou para a maquiagem, almoço e saio para gravar. Quando retorno, brinco uma horinha com as crianças. Faço uma drenagem, sento para fazer o dever de casa com os meninos, dou banho na Eva e resolvo as coisas do dia seguinte. Janto com o Luciano, tomo banho e desmaio na cama para assistir TV. Ao final da maratona, me sinto a mulher maravilha.

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