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Andréa Beltrão conta como é viver Hebe no cinema

A cinebiografia retrata, com humor e drama na dose certa, parte da vida de uma das estrelas mais queridas do Brasil. A estreia é nesta quinta (26)

Por Gabriela Teixeira (colaboradora)
Atualizado em 17 fev 2020, 13h07 - Publicado em 25 set 2019, 08h00

Das canções no rádio ao posto de maior apresentadora da televisão brasileira, os obstáculos na trajetória de Hebe Camargo não foram poucos. Mas, entre a mira dos censores da ditadura e os problemas na vida pessoal, a paulista nascida em Taubaté soube, com muito jogo de cintura e pulso firme, ascender de forma extraordinária em um campo controlado majoritariamente por homens. Interpretá-la, portanto, não poderia deixar de ser também um desafio.

“Eu vi muita coisa no YouTube, muitas cenas, entrevistas, programas. Então me debrucei bastante sobre esse material. Estudei o sotaque paulista, fiz preparação corporal, canto. Aprendi as músicas dela”, conta Andréa Beltrão em entrevista exclusiva à CLAUDIA.

O esforço rendeu excelentes frutos, e é impossível ignorar as similaridades entre a Hebe da telona e a que marcou presença por mais de seis décadas nas telinhas. A atriz supera a falta de semelhança física com muito talento, reproduzindo com maestria os trejeitos, bordões e até mesmo a entonação, marcas registradas da apresentadora.

Contudo, Hebe – A Estrela do Brasil, com direção de Maurício Farias e estreia prevista para esta quinta (26), é bem mais que “gracinhas” e “selinhos”. O longa atravessa a névoa do glamour e do carisma, revelando facetas desconhecidas por muitos. A própria Andréa confessa que foi a primeira vez que entrou em contato com esse outro lado da artista.

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Andréa Beltrão interpreta Hebe Camargo no cinema
(Hebe - A Estrela do Brasil/Divulgação)

“Conheci um pouco da mulher que ela era. Uma pessoa com contradições, angústias, medos. Como todos nós somos. Eu me aproximei desse lugar íntimo que ela não mostrava na televisão, por mais que tenha sempre se exposto de maneira corajosa”, diz Andréa. E coragem era o que não faltava a Hebe.

Em pleno regime militar, seu sofá brilhava como espaço democrático, onde figuras de direita e esquerda dividiam o mesmo espaço em encontros polêmicos, que rendiam ameaças à existência da atração. Sem medo de dizer o que pensava, fazia questão de que seu show fosse ao vivo; não admitia que editassem as conversas com os convidados.

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“Hebe lutou pela liberdade o tempo todo. Pela liberdade de expressão dentro dos veículos de comunicação. Ela dedicou a vida dela a isso”, afirma a atriz. E a muito mais. Décadas antes de pautas como direitos LGBT+, aborto e igualdade de gênero ganharem destaque na mídia, ela já as discutia de modo franco e pioneiro.

Seria então Hebe uma personalidade feminista? Andréa não tem dúvidas. “Uma mulher que há 60 anos tinha um programa chamado O Mundo É das Mulheres não era feminista? Onde cinco mulheres entrevistavam um homem? Ela virou a mesa já naquela época. Então eu diria que sim. Muito!”, garante. Alguém discorda?

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