PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Abigail Breslin explica por que não denunciou agressão sexual

Atriz revelou recentemente que conhecia seu agressor e foi atacada no Instagram

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 20 jan 2020, 15h32 - Publicado em 24 abr 2017, 10h28
SAN DIEGO, CA - JULY 10: Actress Abigail Breslin attends the 20th Century Fox party during Comic-Con International 2015 at Andaz Hotel on July 10, 2015 in San Diego, California. (Photo by Jason Merritt/Getty Images) (Jason Merritt/Getty Images)
Continua após publicidade

Normalmente discreta sobre sua vida pessoal, no começo deste mês Abigail Breslin se abriu sobre uma agressão sexual que sofreu no passado (ela não revelou quando). A atriz escolheu fazer isso no Instagram, que usa quase diariamente, no começo de abril, por este ser o Mês de Conscientização sobre a Agressão Sexual. Só que, em vez de ser 100% acolhida, ela acabou sendo atacada na rede social. E revidou.

Leia mais: Tudo sobre Abigail Breslin

Uma pessoa comentou que “Estupros denunciados são os únicos estupros que contam”. Isso porque Abigail havia escrito que conhecia seu agressor, mas nunca se teve notícia de nenhuma denúncia por parte dela.

Furiosa, a atriz em seguida postou um gráfico da RAINN (Rape, Abuse & Incest National Network – em português, Rede Nacional sobre Estupro, Abuso e Incesto) que mostra que a cada 1000 estupros, 994 estupradores saem livres.

View this post on Instagram

#knowthefacts.

A post shared by Abigail Breslin/SOPHOMORE (@abbienormal9) on

Um detalhamento esclarece: a cada 1000 estupros, apenas 310 são denunciados à polícia. Destes, 57 resultam em detenção, 11 vão a julgamento, 7 levam a algum tipo de pena e só 6 acabam em prisão de fato.

Continua após a publicidade

Abigail também postou uma série de duas fotos com um texto dela própria, em que explica por que não denunciou seu agressor.

Nelas se lê:

“AVISO DE GATILHO

Re: “estupros denunciados são os únicos estupros que contam” (um comentário escrito em minha postagem)

Continua após a publicidade

Eu não denunciei meu estupro. Eu não o fiz por uma série de razões.

Primeiro, eu estava completamente chocada e em negação. Eu não queria me ver como uma “vítima”, então suprimi e fingi que nunca aconteceu.

Segundo, eu estava em um relacionamento com meu estuprador e temi que não acreditassem em mim. Também temi que se meu caso não desse em nada, ele descobrisse e me machucasse ainda mais.

Terceiro, eu sabia o quão feridos minha família e meus amigos ficariam depois de descobrir, e não queria colocá-los nessa.

Continua após a publicidade

(FOTO 2)

Fui diagnosticada com Síndrome de Estresse Pós-Traumático um ano e meio atrás. Já progredi muito desde que tudo aconteceu, mas não vou fingir que não seja algo contra o que eu lute. Ainda tenho flashbacks, ainda tenho pesadelos, ainda pulo quando alguém encosta em mim de repente, mesmo que seja meu melhor amigo me cutucando no ombro.

Dizer que estupros denunciados são os únicos que contam contribui para a ideologia de que os sobreviventes de estupros não denunciados não importam. É injusto, não é verdadeiro e não ajuda. É como ficar com o olho roxo por ter levado um soco no rosto, mas porque você não chamou a polícia, você na realidade não está com o olho roxo.

Estupros não denunciados contam. Estupros denunciados contam. Fim da história”

Continua após a publicidade
View this post on Instagram

*trigger warning⚠️*

A post shared by Abigail Breslin/SOPHOMORE (@abbienormal9) on

Nunca é demais lembrar que a culpa não é da vítima em nenhuma circunstância. E que todas, denunciem ou não, devem ser acolhidas. À medida que o silêncio sobre agressões sexuais vai sendo quebrado, mais e mais casos virão à tona. Mas a mulher tem que se sentir confortável para denunciar. Apontar dedos e julgá-la não ajuda ninguém.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.