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50 anos de novelas – Último capítulo

A teledramaturgia brasileira passeia por outros formatos, contando histórias curtas em episódios ou em poucos capítulos

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 11h13 - Publicado em 2 dez 2013, 21h00
Divulgação (/)
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Osmar Prado, Maria Cristina Nues, Jorge Dória e Eloísa Mafalda na primeira versão de A Grande Família
Foto:Divulgação

A teledramaturgia ocupava a programação da TV brasileira desde seu início, antes mesmo de a novela se tornar diária, a partir de 1963. Como não existia videotape, a encenação era na raça, ao vivo, em forma de teleteatro. Aos poucos, as peças deram lugar aos textos escritos especialmente para a televisão e surgiram os primeiros seriados. O pioneiro foi Alô Doçura! (Tupi, de 1953 a 1964), uma série cômica sobre as desventuras de um casal criada por Cassiano Gabus Mendes e protagonizada por Eva Wilma, 79 anos, e John Herbert. Outros gêneros foram experimentados nesse formato, como o infantil O Sítio do Picapau Amarelo (Tupi, de 1952 a 1962) e o policial O Vigilante Rodoviário (Tupi, de 1962 a 1967)

Com a consolidação da novela diária como campeã de audiência, as emissoras se concentraram nesse gênero, mas as séries não foram abandonadas. A Globo retomou o formato em 1972 com A Grande Família, escrita por Oduvaldo Viana Filho e Paulo Pontes, com Jorge Dória, 92, e Eloísa Mafalda nos papéis de Lineu e Nenê. Em 2001, a emissora resgatou o projeto, e o seriado está no ar até hoje com Marco Nanini, 64, e Marieta Severo, 66, encabeçando o elenco.
 
Em 1979, a Globo deu novo impulso às séries ao acabar com a novela das 10 e colocar no lugar seriados como Malu Mulher, sobre uma mulher descasada interpretada por Regina Duarte, 66, Carga Pesada, que retratava as aventuras de dois caminhoneiros pelo país, com Antonio Fagundes, 64, e Stênio Garcia, 81, e Plantão de Polícia, que acompanhava as investigações do repórter policial Waldomiro Pena, vivido por Hugo Carvana, 75. O gênero se mantém firme na programação da emissora até hoje com vários programas de sucesso, como Armação Ilimitada (de 1985 a 1988), com Kadu Moliterno, 60, André de Biasi, 56, e Andréa Beltrão, 49, e Os Normais (de 2001 a 2003), com Fernanda Torres, 47, e Luiz Fernando Guimarães, 63.
 
A partir de 1982, a Globo passou a investir em outro formato de teledramaturgia, as minisséries, com Lampião e Maria Bonita, exibida em oito capítulos e estrelada por Nelson Xavier, 71, e Tânia Alves, 59. A produção apurada com figurinos requintados e linguagem cinematográfica tornou-se marca registrada das tramas curtas, o que permitiu a adaptação de obras literárias para a televisão com o mesmo encantamento que provoca em seus leitores, como O Tempo e o Vento (1985), de Érico Veríssimo, e Grande Sertão: Veredas (1985), de João Guimarães Rosa, que foi totalmente gravada em locações no interior de Minas Gerais sob a direção de Walter Avancini. O padrão de qualidade das minisséries atraíram novelistas consagrados, que criaram obras marcantes da teledramaturgia brasileira nesse gênero. Foi o caso, por exemplo, de Gilberto Braga, 66, que adaptou com Leonor Bassères O Primo Basílio (1988), de Eça de Queiroz, e escreveu Anos Dourados (1986) e Anos Rebeldes (1992), ambas estreladas por Malu Mader, 46. E aqui termina a série sobre os 50 anos de novelas, que serão celebrados na festa do 15o Prêmio Contigo! de TV, na segunda-feira (13), no Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
50 anos de novelas – Último capítulo


 

 

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