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A importância do tempo de qualidade em família

Dedicar tempo aos familiares faz total diferença na relação entre as pessoas e nas emoções sentidas por todos

Por Lorraine Moreira
12 set 2023, 09h07
Casal e filhos brincando juntos
Passar tempo em família faz diferença no bom relacionamento entre os parentes  (Vlada Karpovich/Pexels)
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“Para todos os públicos” certamente norteou a Pixar nas suas diversas produções: num equilíbrio entre distrair crianças e colocar os adultos para pensar, o estúdio criou filmes como Up. O protagonista desta animação é frustrado por não ter fornecido a sua falecida esposa nenhum dos episódios sonhados desde a infância, mas descobre um álbum deixado por ela com fotos do cotidiano e um recado – “Obrigada pela aventura”. É uma sequência que nos ensina a importância do sentido dado as nossas vivências e o poder de aproveitar a rotina, oferecendo ao outro tempo de qualidade, inclusive em família.

Longe das telonas, poucos prestam atenção nas conversas com os pais, brincam com os filhos ou visitam os avós. Não é exatamente novidade levar uma vida corrida, nem sentir culpa por não passar tempo o suficiente com a família, mas é possível proporcionar momentos juntos ao outro e espantar essa eterna sensação de que ainda não é o bastante. 

O tempo de qualidade é um período em que dedicamos nossa atenção exclusivamente a alguém, com o objetivo de estreitar a relação com essa pessoa, é sobre estar presente. “O convívio focado proporciona à família o fortalecimento dos vínculos estabelecidos”, segundo a psicóloga familiar Carol Marotti.

Esse cuidado, porém, foi impactado pelo estilo de vida atual, onde as tecnologias criam a sensação de que fazemos mais tarefas em menos minutos, mantemos contato próximo com aqueles que amamos e aproveitamos muito mais nossos dias.

Contínuas mensagens, avisos, e-mails e notificações nos superestimulam, minando nossa capacidade de atenção e retirando cada vez mais tempo em troca de pequenas doses de dopamina, fazendo com que estejamos em tudo e em nada ao mesmo tempo. Para muitos, já é difícil traçar uma linha que separe claramente o que é o tempo de trabalho e o tempo de lazer e cuidados, e quem está ao redor sente. 

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Avós abraçando netos em frente a uma paisagem com água
Avós e crianças, como quaisquer outras pessoas, precisam de tempo em qualidade (RDNE Stock project/Pexels)

Os filhos são especialmente impactados. “Todo ser humano quer se sentir aceito, amado e validado. E o trabalho que os pais têm em semear diariamente o melhor na educação de seu filho se baseia, antes de tudo, em uma relação que tem conexão e amor envolvidos”, esclarece a especialista, que completa: “a melhor maneira de fazer isso, em um mundo em que temos tantas atividades, é reservar previamente um tempo de qualidade com seu filho.”

Criar esse compromisso na sua agenda como algo prioritário é crucial. “Na construção diária desses momentos em família, os filhos vão se sentindo pertencentes e formam a autoimagem e autoestima que carregarão na adolescência e vida adulta”, pontua a especialista.

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Há quem abandone esse contato no presente para, no futuro, quem sabe, conseguir criar uma relação com os filhos. Segundo a psicologa, essa estratégia está longe de ser a melhor opção. “Muitos pais passam a buscar uma conexão com seus filhos quando estes estão vivendo de forma independente. Mas o melhor momento para você começar é o quanto antes, entrando no mundo do seu filho, estando 100% presente para ele, olhando bem fundo em seus olhos e demonstrando estar disponível emocionalmente para aquele momento exclusivo de vocês.”

Podem ser 15, 30, 60 minutos, o que for possível, o mais importante é a constância e a sua entrega verdadeira. “As crianças são ávidas pela atenção de seus pais, portanto não precisa ser algo elaborado. Os filhos querem seus pais, do jeito que eles são hoje”, acrescenta.

Quem também sofre com essa questão são os idosos. Ainda que na família cada um tenha o seu lugar, nem sempre sobra tempo para esse grupo. “Muitos colocam eles de lado, outros cuidam de forma sufocante”, afirma Carol. É necessário, nesse sentido, balancear a necessidade de contato com a independência deles. “Dar oportunidade dos filhos conviverem com os pais de seus pais, inclusive, é um grande presente para a sua própria existência. Honre e deixe vivas as histórias familiares”, finaliza.

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Além das crianças e idosos, os adultos também são impactados positivamente quando a relação é saudável. Procurar estar com quem ama sempre faz diferença!

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