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Acessibilidade: 10 dicas para ter a casa ou o apê adaptados

Poder se locomover sem barreiras é fundamental. Confira as soluções de especialistas em design universal que vão facilitar a vida dos cadeirantes

Por Texto: Letícia De Almeida Alves | Fotos: Eduardo Pozella
Atualizado em 19 fev 2020, 11h03 - Publicado em 9 abr 2018, 12h20
 (Eduardo Pozella/Minha Casa)
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1 Atenção à largura de portas
“Para pessoas com mobilidade reduzida, o ideal é que o vão tenha, no mínimo, 80cm livres, informa o arquiteto e gestor em acessibilidade e design universal Maycon dos Santos Fogliene. E se a porta for de correr, o ideal é que não haja trilhos no chão que atrapalhem a passagem – uma solução é o modelo que desliza preso a roldanas no alto.

2 Mantenha a área de circulação livre
Para um cadeirante se movimentar confortavelmente pelos ambientes, é preciso prever, além do espaço de passagem, uma área para que a cadeira consiga girar 360 graus. “Para a manobra, deve ser garantido um espaço livre de obstáculos dentro bordas não fiquem na área de circulação da cadeira”, indica Marcelo Rosset. “É importante que eles sejam fixados no piso com fitas de velcro”,exemplifica Eduardo Ronchetti de Castro. Ou seja, a dica é dispensar passadeiras e tapetinhos escorregadios e fazer adaptações nos modelos maiores.

3 Dispositivos ao alcance
A altura de tomadas e interruptores deve atender aos princípios do design universal. “Eles devem estar localizados na faixa de alcance entre 40cm e, no máximo, 1,20m do piso”, ensina o arquiteto Eduardo Ronchetti de Castro, especialista em acessibilidade. O mesmo vale para equipamentos usados no dia a dia, como o interfone.

4 Comandos à mão
Puxar a cortina e estender roupa, por exemplo, podem ser tarefas difíceis aos cadeirantes, mas, com algumas adaptações, dá para facilitar a vida sem precisar automatizar tudo. “A cadeira não limita a pessoa e suas atividades cotidianas. O que a limita é a falta de adequação do ambiente. Para estender a roupa, há varais de chão ou modelos com controles simples por alavanca, que não exigem automação”, comenta a arquiteta especialista em acessibilidade Elisa Prado de Assis. Já as cortinas podem ser do tipo persiana: “É só ajustar a altura dos comandos de puxar”, aconselha.

5 Boas escolhas para a cozinha

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A pia e o fogão devem ficar entre 73cm e 85cm de altura para uma movimentação confortável e uma visão geral da bancada na hora de lavar louça e cozinhar. “Não é recomendado ter armários embaixo da pia – o vão fica livre para a entrada da cadeira”, atenta Cris Paola. “Uma boa ideia é utilizar um cooktop na bancada e instalar o forno separadamente”, recomenda Elisa Prado de Assis. Em relação aos armários, é preferível instalá-los entre 40cm e 1,20m do piso, onde também devem ser alocados os eletrodomésticos.

6 Espelhos adaptados
Para se enxergar completamente, o melhor são espelhos verticais na parede. “De preferência, presos a 30cm ou 40cm do piso”, indica Elisa Prado de Assis. Mas, para espelhos de banheiro, acima do lavatório, a recomendação é outra: “Se deixar uma inclinação de 10 graus, o campo de visão será mais eficiente”, sugere Karina Korn.

7 Tapetes: pode ou não pode?
Não é preciso abolir os tapetes da casa toda, apenas fazer escolhas que não atrapalhem a locomoção. “Prefira modelos de fios de baixa espessura, e de tamanhos generosos, de tal maneira que as bordas não fiquem na área de circulação da cadeira”, indica Marcelo Rosset. “É importante que eles sejam fixados no piso com fitas de velcro”, exemplifica Eduardo Ronchetti de Castro. Ou seja, a dica é dispensar passadeiras e tapetinhos escorregadios e fazer adaptações nos modelos maiores.

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8 Opções indicadas para o piso
Existem alguns materiais mais recomendados e outros que devem ser evitados. “Carpetes de madeira, cimento queimado, pisos vinílicos, porcelanatos e cerâmicas são ótimos, desde que sejam antiderrapantes”, enumera Elisa Prado de Assis. A sugestão dela é eleger materiais com coeficiente de atrito maior que 0,4 (o fabricante indica essa característica). E um alerta: de um diâmetro mínimo de 1,50 m”, explica a arquiteta Adriana de Almeida Prado, coordenadora da comissão de acessibilidade a edificações e meios, do Comitê Brasileiro de Acessibilidade. “Para facilitar a mobilidade nos quartos, por exemplo, deve haver um espaço de 90cm entre a cama e a parede”, ensina a arquiteta Cris Paola. Ainda no espectro de uma circulação confortável, atenção aos móveis. “Eles devem ter cantos arredondados e o uso do vidro não é recomendado, a fim de evitar acidentes”, orienta a arquiteta Karina Korn. Pensando nisso, é possível ter de apelar para a integração de ambientes e para a escolha de alguns móveis – é preciso priorizar os mais importantes, tirando de cena outros, pois quanto mais livre for a área de passagem, melhor.

9 Como driblar escadas e degraus
Para a entrada de casas e edifícios, a rampa é imprescindível. “A largura admissível é de 1,20m, mas é recomendado construí-la com 1,50m, e inclinação transversal de 2%”, sugere Cris Paola. “Para locais com rampas em inclinações entre 6,25% e 8,33%, é indicado criar patamares a cada 5m de percurso. E quando não existirem paredes laterais, prever guias de balizamento com altura mínima de 5cm”, diz Eduardo Ronchetti de Castro. “Além de corrimão em ambos os lados e piso antiderrapante”, completa Adriana de Almeida Prado. Já para vencer escadas entre um pavimento e outro, no caso de um sobrado, pode-se optar por cadeiras elevatórias, que acompanham os degraus da escada, ou até mesmo um elevador mais compacto.

10 Banheiro seguro

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Para começar, o piso deve ser antiderrapante e sem desníveis. Prefira também as maçanetas e os registros do tipo alavanca. Nas paredes, são fundamentais os apoios de barras de aço inoxidável – elas devem medir 80cm e ser instaladas a uma altura de 75cm do piso. “Para fixá-las junto da bacia sanitária, é necessário contornar a louça em 90 graus, com uma barra lateral e outra na parte posterior”, diz o arquiteto Marcelo Rosset. “Esses elementos devem resistir a um esforço mínimo de 150kg sem apresentar deformações ou fissuras, além de ter boa empunhadura, com diâmetro entre 3cm e 4,5cm, lembrando o cabo de uma raquete de tênis”, explica Maycon dos Santos Fogliene. Com relação à pia, a altura de 80cm é recomendável. “No boxe, é melhor que o chuveiro tenha ducha manual com regulagem de altura e comandos de temperatura do tipo monocomando, fixados a 1m de altura”, recomenda Karina Korn. “Já acessórios para toalhas, sabonetes e xampu devem ficar entre 80cm e 1,20m do piso”, finaliza Cris Paola.

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