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Vão fazer um novo “As Patricinhas de Beverly Hills” e isso não está certo

Como assim alguém é capaz de substituir Alicia Silverstone como Cher? As If!

Por Lucas Castilho
Atualizado em 16 jan 2020, 06h13 - Publicado em 27 out 2018, 13h30
 (Paramount/Divulgação)
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Sim, Hollywood quer fazer o público engolir mais um remake desnecessário, a vítima da vez: o clássico dos anos 1990 “As Patricinhas de Beverly Hills”, aquele raro caso de uma obra na qual tudo clica: elenco, piadas, trilha sonora, fotografia e, claro, figurino.

De acordo com o Deadline, a Paramount deu sinal verde para a produção de um roteiro novíssimo em folha. As responsáveis pelo projeto seriam Tracy Oliver, por trás da comédia “Viagem das Garotas”, e Marquita Robinson, que atualmente escreve para a série “GLOW” da Netflix. E essas são as únicas informações disponíveis por enquanto, já que a produção está em estágio embrionário.

Veja bem, não existe problema algum com remakes e adaptações, o mais recente “Nasce Uma Estrela”, estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper, é prova de que é possível, sim, fazer isso direito, respeitar o material original e criar algo novo. O próprio “As Patricinhas de Beverly Hills”, de 1995, é uma releitura de “Emma”, livro obrigatório de Jane Austen lançado em 1815. A grande questão é que não tem como melhorar o que já é perfeito.

O filme dirigido e escrito por Amy Heckerling conseguiu o que muitos diretores passam a vida tentando: captou o espírito de um tempo, mostrou de forma idealizada a Geração X e os Millennials mais velhos. E ainda conseguiu fazer isso de forma engraçada, fashionista e, em muitos momentos, crítica. Tirou sarro legal de uma galera (do consumismo desenfreado da época também!) E, convenhamos, fez isso A PARTIR DE UM LIVRO DE QUASE 200 ANOS!

Além disso, Cher, Dionne e Tai eram um trio e tanto, não é todo dia que aparecem protagonistas assim por aí: divertidas, influentes, incoerentes e, por isso, humanas. 23 anos depois, faça o teste: o longa continua atual, seja pelas roupas, seja pelo tema ou pelos diálogos, mais do que isso: moderno. Algumas cenas muitos roteiristas nem ousariam escrever para produções feitas em 2018. Não à toa, vez ou outra estilistas se inspiram no guarda-roupa do longa para criar novas coleções, cantores fazem referências em clipes, e jornalistas do Buzzfeed criam quizzes quase mensais e think pieces analisando se Tai foi muito dura com a Cher quando a chamou de “virgem”.

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É claro que já se passou muito tempo e as novas gerações (alô, garotas Y) merecem uma obra adolescente como essa (a dos anos 2000 foi “Meninas Malvadas”), e é muito legal que o estúdio tenha resolvido trazer duas jovens mulheres que estão por trás de produções relevantes para o nosso tempo. “Viagem das Garotas” é uma comédia fantástica que presenteou o mundo com Tiffany Haddish. E “GLOW”, embora escondida entre tantas opções da Netflix, é uma espirituosa série sobre um grupo de mulheres que busca se encaixar que merecia ser mais badalada.

Sem dúvida, elas vão trazer novos ângulos e colocar luz sobre temas que precisem de luz, mas fica aquela pergunta: por que não criar uma NOVA história? O remake de “The Heathers” está aí para provar como fazer uma nova versão de um clássico adolescente pode dar muuuuuito errado.

E como assim alguém é capaz de substituir Alicia Silverstone? As If!

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