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Quem é Maria Firmina dos Reis, a escritora negra homenageada pelo Google

Ela é autora de livros importantes como "Úrsula", "Gupeva", "A Escrava" e "Cantos à beira-mar".

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 08h42 - Publicado em 11 out 2019, 18h53
 (Google/Reprodução)
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Nesta sexta-feira (11), o Doodle elaborado pelo Google é em homenagem ao 194º aniversário de Maria Firmina dos Reis. Nascida em 11 de outubro de 1822, em São Luís do Maranhão. ela é conhecida como a primeira mulher negra (e nordestina!) a conseguir publicar um romance na América Latina.

O livro escrito por Maria Firmina é “Úrsula”, com a primeira edição lançada em 1859. Para além do fator pioneiro, a obra é importante por ser um romance abolicionista, ou seja, que conta a história a partir da perspectiva de quem estava sofrendo com a escravidão.

A escritora também é responsável por livros como “Gupeva”, de 1861, que trabalha com a figura idealizada do índio e, às vezes, colocada como um símbolo mítico heróico nacional – movimento conhecido como Indianismo. Os capítulos foram publicados na imprensa local com diferentes edições ao longo de toda a década de 60.

Vale também o destaque para o conto “A Escrava“, de 1887, que veio para propôr um debate contrário a todo o sistema de escravidão na época. E para o volume de poemas chamado “Cantos à beira-mar”, de 1871, em que a escritora explorou toda a inquietação e melancolia feminina como consequências do sistema patriarcal e escravocrata da época.

Toda a militância de Maria Firmina começou cedo, ao conseguir se formar como professora e exercer a profissão. Ela chegou até mesmo a ganhar o título de “Mestra Régia” e, aos 25 anos, conquistou uma vaga no concurso público para a Cadeira de Instrução Primária na cidade de Guimarães, no Maranhão. 

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Só que o contato com a literatura começou bem antes. Ela foi criada pela tia materna e, consequentemente, teve contato com o primo, que se tornou um gramático popular no século 19: Sotero dos Reis. Entretanto, mesmo com uma história promissora, a escritora faleceu cega e pobre em 1917, aos 95 anos. 

O reconhecimento começou a surgir recentemente, em especial em 2017. Isso porque houve o marco dos 100 anos da sua morte e, para não deixar o momento passar em branco, o livro “Úrsula” foi relançado na sua sétima edição, com “Gupeva” anexado a ele. Também houve o lançamento da sexta edição de “A Escrava” e o relançamento de “Contos à beira-mar”.

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