Artistas usam velas de jangadas como tela para grafites no Ceará
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Além do concreto
Museus, muros, escadarias… A arte está em todo lugar. Os publicitários Marina Bortoluzzi e Marcelo Pimentel sabem bem disso. Há oito anos criaram o Instagrafite, projeto para expor nas redes obras de arte urbanas. Até os mares ganharam mais cor. Sob curadoria da dupla, o festival Além da Rua, em Fortaleza, convidou artistas a usar velas de jangadas como tela. O resultado das peripécias do par em busca de desenhos pelo mundo todo pode ser encontrado no Instagram, no perfil @instagrafite.
Abstração necessária
Pela primeira vez no Brasil, as obras do artista britânico Tony Cragg são daquelas que valem a pena observar de pertinho. A exposição Espécies Raras, em cartaz no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo, reúne 43 esculturas abstratas moldadas com materiais como plástico, aço e vidro, incluindo Outsplan (acima). Há ainda 70 desenhos mostrando os caminhos da criação. “Quando comparamos os rascunhos com as obras tridimensionais, parece que elas ganham história completa. Podemos ver as linhas e os planos que deram origem a elas. É uma espécie de matriz do pensamento do artista”, explica Cauê Alves, curador. A mostra vai até 1º de março e a entrada é gratuita.
Revendo conceitos
O artista plástico Maxwell Alexandre propõe uma discussão sobre os significados atribuídos à palavra pardo, que, segundo os dicionários, é apenas uma cor. Na exposição Pardo É Papel, no Museu de Arte do Rio, ele questiona – em obras como Olhar Embriagado no Espelho (acima) – o uso do termo como eufemismo para depreciar os negros. “Os negros passaram a entender quem são, a compreender sua cultura, enaltecê-la e ter orgulho dela”, diz. Vai até março de 2020.