“Pensei em desistir várias vezes”, diz Thalita Rebouças sobre início de carreira
Comemorando 25 anos de carreira, a escritora relembra os caminhos percorridos até se tornar sucesso internacional
O pessoal da geração Z, em sua maioria, com certeza vai sentir uma ponta de nostalgia ao lembrar da sensação de ler Fala Sério, Mãe! (Editora Rocco, 2003) pela primeira vez. No início dos anos 2000, Thalita Rebouças revolucionou a forma como os adolescentes brasileiros se relacionavam com a literatura. Com linguagem acessível, humor afiado e personagens com quem o público se identifica, ela se tornou um fenômeno editorial e, 25 anos depois, segue como uma das escritoras mais queridas do país.
Hoje, a autora soma mais de 20 livros publicados, diversas adaptações para o cinema e novos projetos internacionais. Em conversa com CLAUDIA, Thalita falou sobre a celebração de sua trajetória, as mudanças no mercado literário e o prazer de recomeçar – desta vez, nos Estados Unidos.
“Este ano foi muito especial”, conta. Prestes a lançar o décimo filme baseado em uma de suas obras, Traição Entre Amigas (Editora Rocco, 2000) – “aquele que conquistou os leitores pré-adolescentes, apesar de não ter sido feito para eles” –, Thalita comemora o momento com entusiasmo: “É um tempo de muita coisa linda e nova. Não podia ter ano melhor. Estou muito realizada.”
A arte de recomeçar e os segredos do sucesso
Mesmo com tantas conquistas marcantes, a autora de Tudo por um Popstar (Editora Rocco, 2011) revela que está se aventurando em uma nova etapa da carreira. Embora o mercado internacional já fizesse parte de sua trajetória, ela destaca a alegria de ver seu trabalho chegar ao público norte-americano.
“Os Estados Unidos têm esse apelo de serem a ‘meca do cinema’. E é a primeira vez, em 200 anos de história, que a HarperCollins vai publicar uma autora brasileira. Isso é muita coisa”, celebra.
Quando questionada sobre o segredo para manter o sucesso por tanto tempo, Thalita responde sem hesitar: “Acho que o segredo é não me levar a sério. Quando escrevo minhas histórias, não penso em ensinar nada, nem em dizer o que é certo ou errado. Quero que as pessoas leiam e tirem suas próprias conclusões.”
Mais do que entreter, ela encara seu trabalho como uma forma de identificação, nesta fase em que as dúvidas e os medos costumam surgir. “Quero que os leitores aprendam a rir deles mesmos, a perceber que não estão sozinhos e que tudo o que estão passando acontece na casa do lado. Essa junção de humor com meu não julgamento ajuda a dar certo, vem ajudando.”
As novas formas de consumir literatura
Nos últimos anos, especialistas têm debatido os caminhos para reconquistar o interesse dos adolescentes pela leitura. Na Bienal do Livro Rio 2025, o tema ganhou destaque, com foco na ascensão dos booktokers e no crescimento dos audiolivros.
Thalita acompanha o movimento com otimismo: “Me sinto privilegiada por ser lida e ouvida nos audiolivros. Mas, de verdade, o adolescente não mudou. O que mudou foi a rede social – as cobranças ficaram maiores por causa dela, mas a essência continua a mesma.”
A autora enxerga as redes como aliadas, e não como inimigas. “Nunca vou demonizar: é o tempo em que vivemos. Que a gente saiba usar a nosso favor, falando de livros, divulgando histórias e autores. É uma forma de chegar neles, de falar de perto. Mas continuo apostando nos livros.”
Início difícil e os segredos para seguir inspirando leitores
Nem sempre o caminho foi fácil. Thalita relembra o início da carreira, quando passava fins de semana inteiros em livrarias oferecendo pirulitos em troca de dois minutos de atenção.
“Ficava seis horas para vender três livros. Pensei em desistir várias vezes, me perguntava se isso ia dar certo. Mas coloquei um prazo: como seis é meu número da sorte, pensei ‘deixa eu tentar por seis anos e ver o que acontece’. Nesse tempo, fiquei batendo em porta de livraria, abordando pessoas, fazendo a coisa acontecer como formiguinha, até a hora em que aconteceu.”
Hoje, com mais de duas décadas de carreira, ela segue movida pelo desejo de inspirar e, sobretudo, acolher. “Quero que minhas histórias façam as pessoas se sentirem bem em suas próprias peles. Que entendam que está tudo bem não estar bem, que ninguém está sozinho. E que o equilíbrio sempre vai ser uma boa companhia.”
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