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Longo, caríssimo e aclamado: 11 curiosidades sobre ‘O Irlandês’ da Netflix

Dirigido por Martin Scorcese, o filme tem tudo para fazer barulho no Oscar 2020 e é o lançamento mais importante da Netflix até hoje.

Por Júlia Warken
Atualizado em 15 jan 2020, 06h58 - Publicado em 28 nov 2019, 15h47

“O Irlandês” é a mais suntuosa estreia da história da Netflix – os números e os nomes da produção não deixam dúvida. Dirigido por Martin Scorcese, que é considerado por muitos o maior cineasta vivo da atualidade, o longa chegou ao catálogo nessa quarta-feira (27). O elenco traz Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci e Anna Paquin.

Com esse trabalho grandioso e muito caro, é evidente que a Netflix tem a intenção de cravar seu nome no clubinho Oscar de uma vez por todas. Antes de estar disponível para os assinantes, “O Irlandês” foi exibido em alguns cinemas, o que faz com que ele esteja apto a concorrer no prêmio.

Sem spoilers, confira aqui 10 curiosidades sobre o filme:

Baseado em fatos reais

“O Irlandês” é a adaptação do livro “I Heard You Paint Houses: Frank ‘The Irishman’ Sheeran and Closing the Case on Jimmy Hoffa”, de Charles Brandt. Trata-se de uma biografia sobre o tal Frank ‘The Irishman’ Sheeran – papel de De Niro – homem que confessou ter cometido crimes para a família Bufalino, conhecido clã ítalo-americano da máfia.

A trama gira em torno do mistério envolvendo Jimmy Hoffa (Al Paccino), um líder sindical que desapareceu em 1975 e foi declarado morto em 1982. Esse caso nunca foi elucidado de fato, mas o livro e o filme levantam hipóteses a respeito do que aconteceu com Hoffa.

Esse é o segundo filme sobre Hoffa

O primeiro, que se chama “Hoffa – Um Homem, Uma Lenda”, foi dirigido por Danny DeVito e lançado em 1992. Jack Nicholson interpretou Hoffa e concorreu ao Globo de Ouro pelo papel.

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O livro que originou o filme acaba de ser relançado no Brasil

Originalmente lançado por aqui em 2016, o livro foi repaginado em parceria com a Netflix. Além da capa, que agora traz uma foto dos atores do filme, a diagramação também foi modificada. A obra é publicada no Brasil pela editora Seoman, selo da Pensamento.

Esse é o filme mais longo já feito por Scorcese

E também o mais longo dentre as produções originais da Netflix. Ele tem três horas e meia.

É também o mais caro

Foram desembolsados 175 milhões de dólares. Esse orçamento é superior ao de filmes de ação como “Homem-Aranha: Longe de Casa” (160 milhões), por exemplo.

Os efeitos visuais são responsáveis por boa parte do valor final, pois o diretor fez questão de investir bastante numa técnica conhecida como de-aging, que rejuvenesce os atores digitalmente.

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Esse efeito foi usado recentemente para que Will Smith contracenasse consigo mesmo em “Projeto Gemini”.

Relembrando “Os Bons Companheiros”

A Rolling Stone colocou no título de sua crítica que, com “O Irlandês”, Scorcese se despede de “Os Bons Companheiros”. O New York Times aponta que a sequência inicial de “O Irlandês” evoca uma das cenas mais marcantes de “Os Bons Companheiros”, aquela em que Ray Liotta impressiona Lorraine Bracco ao entrar com ela no clube mais badalado da cidade. Em vez de pegarem a fila, os dois chegam ao salão pela cozinha e são recebidos como clientes vips.

Em “O Irlandês”, o plano sequência da abertura apresenta ao espectador o asilo em que vive Robert De Niro. As duas cenas se conectam pela subversão, pois a primeira mostra todo o poder de um gângster que está no auge, enquanto a segunda mostra a decadência senil de um outro gângster.

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Se você não é muito familiarizada com os filmes mais antigos de Scorcese, vale a pena assistir a “Os Bons Companheiros” antes de mergulhar em “O Irlandês”. Infelizmente, o filme já não está mais disponível na Netflix, mas consta no catálogo da HBO GO.

Scorcese e Al Pacino juntos pela primeira vez

Dois dos maiores nomes dos filmes de máfia nunca haviam trabalhado juntos antes de “O Irlandês”. Dá para acreditar? Essa também é a primeira vez que Al Pacino, Robert De Niro e Joe Pesci atuam juntos.

As duas faces de Joe Pesci

A Netflix tem um alcance enorme e, com o buzz em torno de “O Irlandês”, é bem provável que muitas pessoas assistam ao filme sem que estejam familiarizadas com a prolífica parceria entre Scorcese e Pesci. E não há nada de errado com isso, diga-se de passagem.

Se você se encaixa nesse grupo, pode ser que reconheça Pesci sem saber direito de onde. Curiosamente, o ator é famoso por atuar em grandes filmes de Scorcese e também num dos maiores clássicos da nossa infância: “Esqueceram de Mim”. Ele é um dos assaltantes da casa de Macaulay Culkin.

Outra curiosidade sobre o ator é que ele foi responsável pelo único Oscar de “Os Bons Companheiros” – como Coadjuvante. Esse tópico é polêmico, pois muitos defendem que o filme e Scorcese foram injustiçados na premiação de 1991. Naquele ano, “Dança com Lobos” levou as estatuetas de Melhor Filme e Melhor Direção (Kevin Costner).

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Cheiro forte de Oscar no ar

Quando Scorcese finalmente venceu o Oscar de Melhor Direção, em 2007 por “Os Infiltrados”, nove entre dez críticos de cinema apontaram que a Academia estava corrigindo o erro que cometeu em 1991. Isso aumenta ainda mais as chances de o cineasta se dar bem na premiação em 2020, pois “O Irlandês” é um filme bem superior a “Os Infiltrados” e tem essa forte ligação com “Os Bons Companheiros”.

Seguindo a mesma lógica, o longa também pode faturar o prêmio de Melhor Filme. Historicamente, a Academia não costuma fazer essa dobradinha, mas “Dança com Lobos” conseguiu a façanha – e gerou polêmica.

Por outro lado, se isso acontecer, a retratação ficará um tanto quanto explícita, não é mesmo? Sim, mas vale lembrar que, nos últimos anos, a Academia vem trabalhando para se reaproximar do grande público – então esse fan service faria sentido. Agradaria a torcida de Scorcese e da Netflix numa mesma tacada.

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Você disse Oscar? Hold my beer!

Polêmicas a parte, Melhor Filme e Melhor Direção definitivamente não são as duas únicas categorias nas quais “O Irlandês” pode se dar bem. No roteiro temos Steven Zaillian, que faturou o Oscar por “A Lista de Schindler”. A edição é assinada Thelma Schoonmaker, que é uma velha conhecida da Academia. Nome forte na trajetória de Scorcese, ela já foi indicada sete vezes e venceu três estatuetas – por “Os Infiltrados”, “O Aviador” e “Touro Indomável”. O diretor de fotografia, Rodrigo Prieto, já foi nomeado por “Silêncio” e “O Segredo de Brokeback Mountain”.

No elenco temos um trio forte de atores principais e também a presença de uma atriz que já fez história no Oscar: Anna Paquin. Em 1994 ela faturou o prêmio de Atriz Coadjuvante com 11 anos de idade, tornando-se a segunda atriz mais jovem a vencer o Oscar nas categorias competitivas. Anna detém esse título até hoje, ficando apenas atrás de Tatum O’Neal, que venceu o mesmo prêmio aos 10 anos – por “Coração de Papel”, em 1974.

Agradando os críticos e o público

Nem sempre uma penca de nomes fortes resulta num bom filme, isso é fato. E vale lembrar que, apesar do inegável prestígio, Scorcese já lançou filmes ruins. Mas, dessa vez, a crítica está eufórica e o público também vem respondendo bem ao filme.

Vulture diz que esse é o melhor filme de Scorcese em décadas. O The Guardian concorda, afirmando que trata-se do melhor trabalho dele em 30 anos – numa alusão direta a “Os Bons Companheiros”. A Rolling Stone aponta que essa é a “obra prima tardia” do diretor.

No Rottem Tomatoes, site que mede a popularidade dos filmes, a aprovação é de 96% em meio à crítica especializada e de 86% junto ao público. No IMDb, a maior base de dados da internet sobre audiovisual, a nota dos usuários é 8,6. Isso faz com que ele ocupe a posição 61 do ranking, dentre todos os filmes do IMDb (ou seja, basicamente todos os filmes lançados comercialmente até hoje).   

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