Leia, Padmé, Jyn Erso e o girl power na saga Star Wars
Hoje é dia 4 de maio, o May the 4th, conhecido como o Dia de Star Wars e queremos celebrar as mulheres da franquia
Em uma galáxia não tão distante existiam poucas personagens femininas com destaque em Star Wars. Leia, interpretada por Carrie Fisher, foi uma das principais referências neste universo, pelo menos quando falamos da trilogia original, lançada no final da década de 1970. Com a expansão da saga, que agora conta com séries e muitos (muitos!) filmes, temos outras ótimas representantes do poder feminino.
Dentre os nomes mais conhecidos na cinematografia de Star Wars temos Padmé, Rey, Jyn Erso, Rose Tico, Maz Kanata e claro, a Leia. Além delas, com toda a expansão, considerando séries e animações, temos também Bo-Katan e Ahsoka, que ganharam mais destaque em Mandalorian, e da versão criança da Princesa Leia, na minissérie Obi-Wan Kenobi. Como hoje é o Dia de Star Wars, o May the 4th, resolvemos lembrar aqui as personagens femininas mais inspiradoras de Star Wars.
Leia
A Leia é gigante dentro da saga Star Wars, por incontáveis motivos. A atriz Carrie Fisher ficou marcada eternamente como Leia Organa e foi responsável por trazer o lado feminino (e feminista) para um mundo completamente dominado por homens – o gênero de sci-fi e ação dentro do cinema. Leia se encaixa no molde da uma mulher empoderada, antes sequer de termos noção disso.
A personagem é apresentada pela primeira vez como uma heroína sarcástica em Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança e, ao longo da saga, vai mudando um pouco esse jeito. Leia sempre mostrou ser inteligente e assertiva, independente da situação. Foi torturada, perdeu familiares, viu seu planeta ser exterminado e se manteve firme, sempre em prol da Aliança Rebelde.
O romance de Leia com Han Solo é completamente diferente dos clichês de Hollywood. Ela é debochada e tem um jeito único de expressar seus sentimentos. “Capitão, ser segurada por você não é o suficiente para me deixar excitada” é das icônicas frases que a Princesa e General Leia diz ao amado. Na nova trilogia, vemos Leia sendo destaque novamente, uma general renomada e com mais domínio da Força.
Padmé
Os prequels da franquia, lançados no final dos anos 1990 e começo de 2000, apresentam Padmé, interpretada por Natalie Portman, como uma menina de apenas 14 anos em Star Wars: A Ameaça Fantasma. Bastante madura para sua idade, era a monarca de seu planeta natal. Uma líder nata, ela não tem medo de enfrentar e peitar soldados ou políticos.
Padmé é uma personagem com um forte idealismo político, o que faz dela um alvo, pois é contra tudo que o chanceler, o chefe de estado da República Galáctica, prega. Ela é forçada a se esconder e neste contexto nasce a Aliança Rebelde, movimento de resistência contra um governo opressor e ditador.
A personagem é uma síntese de tudo o que as mulheres enfrentam ao longo da vida, ainda que em uma projeção maior. Padmé precisa escolher entre o seu “trabalho” e o casamento, lida com a perseguição e a dificuldade de ter sua voz ouvida – além, é claro, de ser mãe dos dos grandes personagens da saga Guerra nas Estrelas.
Jyn Erso
“Eu nunca tive o luxo de ter opiniões políticas”, diz Jyn Erso em Rogue One: Uma História Star Wars, que é um dos melhores filmes dessa retomada da Disney. Jyn é um símbolo de resistência e, ao lado da Aliança Rebelde, tenta destruir a Estrela da Morte, arma destruidora de planetas do Império que foi projetada pelo seu próprio pai. Rogue One é possivelmente um dos longas mais feministas de toda a franquia.
Jyn Erso brilha de uma forma que talvez fosse esperado de Rey, a estrela da nova franquia. Ainda que tenha uma faísca de romance com Cassian Andor, esse não é o foco. Rogue One tem Jyn como o eixo condutor da história, ela define a trama. Outro ponto importantíssimo, ainda que Leia e Padmé sejam ótimos exemplos femininos dentro da franquia, Jyn é a primeira a usar roupas apropriadas para enfrentar batalhas e situações perigosas. Não há trajes colados, excesso de pele aparecendo ou qualquer tipo de sexualização em suas vestimentas. Nesta tarefa, a Disney, que é a atual dona da franquia Star Wars, acertou em cheio.
Rey
Leia e Padmé tiveram que correr para que Rey pudesse andar. Ouso dizer que considerando o mundo em que estamos, a personagem de Rey poderia ser muito maior do que foi, já que ela é ofuscada pelos personagens masculinos em muitos momentos. Enquanto na trilogia original vemos Leia conquistar seu espaço, Rey vem de um terreno já trilhado por Leia e, ainda assim, não se destaca como merece.
Rey é a primeira Jedi mulher que vemos no cinema e isso é grandioso por si só. Ela também é uma líder, não tem medo de ir atrás de seus objetivos e lutar contra quem for, sempre seguindo seus ideais. A personagem não é um donzela a ser salva, sem dúvidas, e representa todas as meninas que querem ter um sabre de luz. Apesar dos apesares, ter uma mulher como a protagonista de uma franquia de ação é importantíssimo e reconhecemos aqui a relevância de Rey.
E qual dessas heroínas é sua favorita?