9 filmes originais da Netflix para assistir no fim de semana
A boa notícia? Os longas desta lista nunca vão sair do catálogo da plataforma. Vem ver!
Quer aproveitar o início dos dias frios para, sem culpa, se enrolar nas cobertas, se render ao delivery e aproveitar o melhor do que a Netflix tem a oferecer? Um ótimo plano, não é?
Para facilitar sua vida, sim, a gente sabe como é difícil, no meio de tantas opções, escolher algo realmente decente para assistir, a gente, do MdeMulher, separou alguns filmes originais da plataforma (já são mais de 100!) que mais fizeram a gente rir, chorar (ou chorar de rir) e até mesmo brigar com a TV nos últimos tempos.
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Daí, boba, seu único trabalho mesmo será o de ir até a porta e receber o entregador. 🙂
Vem ver!
1. Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe
Adam Sandler sempre foi conhecido por ser uma máquina de fazer dinheiro em Hollywood, no entanto, nunca foi celebrado por, digamos, fazer filmes aclamados pela crítica. No drama familiar “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, no entanto, ele faz um esforço muito bem-vindo para mudar essa imagem – ou, pelo menos, a percepção do público sobre ele. No filme, ele é Danny, um dos filhos do excêntrico e egoísta escultor Harold (Dustin Hoffmann). A relação deles sempre foi a pior possível, mas, ao perceber que não teria muito mais tempo ao lado do pai, resolve organizar uma exposição em homenagem a ele. Obviamente, a partir disso, muitas feridas serão abertas, o que vai fazê-lo questionar o modo como foi criado e até mesmo a relação dele com or irmãos, Jean (Elizabeth Marvel) e Matthew (Ben Stiller). A verdade é que, como muitas famílias da vida real, a única ligação entre eles mesmo é o sangue – e tudo bem. Um bonito filme para repensar a vida, as relações e, como no fim, as pessoas evoluem, sim, mas ninguém pode mudar muito quem é.
2. Alex Strangelove
Ah, o Ensino Médio! Aquela época ao mesmo tempo terrível e maravilhosa na qual você ainda não sabe direito quem é ou qual caminho seguir. Por isso, vai testando, vai acertando e, principalmente, errando – pois é assim que se aprende, né?! Alex TrueLove (Daniel Doheny) – esse é o nome dele mesmo! – tinha muito mais certezas do que dúvidas e, bem, acreditava controlar a vida dele como quem controla um calendário sem utilizar as mãos. Bobinho. Quando se dá conta, está no meio de um furacão e só vai conseguir sair dele quando, de fato, acordar alguns sentimentos beeeem profundos. Basicamente, gente, ele é gay e não sabe. Acompanhá-lo nessa jornada é ao mesmo tempo emocionante e delicioso. Para quem gosta de comédias românticas, de filmes adolescentes dos anos 1980 e de uma trilha-sonora caprichada.
3. A Barraca do Beijo
Está no mood de assistir atores adultos ridiculamente bonitos interpretando adolescentes? Então, essa é a pedida! Não espere reflexões filosóficas ou algum tipo de profundidade, “A Barraca do Beijo” é uma comédia romântica feita unicamente para entreter e casualmente fazer você pensar “por que diabos estou assistindo isso”? A história gira em torno dos clichês do gênero: apesar de ser uma garota popular, Elle (Joey King) nunca foi beijada e durante anos manteve um crush gigantesco no gatíssimo Noah Flynn (Jacob Elordi) – que também gosta dela. O problema é que, quando criança, ela fez um pacto com o melhor amigo dela (e irmão do cara), o Lee (Joel Courtney), de NUNCA “ficar” com parentes. Ela, obviamente, ignora isso e, além de perder o BV, começa a namorar o boy magia. A partir disso, muuuuitas confusões acontecem… Espere por muito conteúdo sexual, drinks, gente suada e situações absolutamente previsíveis. Ah, e o filme, apesar do roteiro superficial e das incontáveis situações sexistas, já é um dos maiores sucessos da Netflix, deve ganhar uma continuação! Por sua conta e risco.
4. Okja
Antes de mais nada, prepare o lencinho: esse é um filme cruelmente arquitetado para você chorar – e, bem, pensar seriamente em como o capitalismo pode ser cruel. Uma parceria entre a Netflix e a produtora do Brad Pitt, a história se passa em futuro não muito distante no qual um animal meio porco, meio hipopótamo, meio coelho é a solução tecnológica para atender as demandas carnívoras da população. Okja, porém, diferente dos “irmãos”, teve uma criação diferente, por causa de um concurso, foi mandado para a Coréia do Sul, lugar onde criou um laço indivisível com a pequena Mija (Seohyun An), uma coisa meio “E.T. – O Extraterrestre” (1982). O problema começa quando, anos depois, a empresa dona do “bichinho” reclama ele novamente e bem… A garotinha se mostra irredutível e vai fazer absolutamente o impossível (é sério!) para ter o seu amigo de volta – rola até uma mãozinha de uma organização secreta. Qualquer pessoa que já teve um pet entende isso! É uma produção linda, feita para aflorar a emoção, sim, mas para repensar nosso consumismo desenfreado. Assim como a galera de “Westworld”, aqueles animais também têm sentimentos, oras! No elenco, Tilda Swinton, Paul Dano e Jake Gyllenhaal.
Uma das sensações do Festival de Cannes 2016, o francês “Divinas” foi premiado com a “Câmera de Ouro”, além de ter conquistado uma indicação a Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro 2017. Só essas credenciais já seriam bons motivos para dar uma chance ao filme, mas tem mais! Dirigido pela estreante Houda Benyamina, o longa colhe elogios, também, pela atuação irrepreensível de Oulaya Amamra, a Dounia. Adquirido como produção Netflix Original, conta a história de duas garotas pobres que para sobreviver na periferia de Paris, uma das cidades mais ricas do mundo, resolvem entrar para o tráfico de drogas. À primeira vista, pode até lembrar o enredo de “Preciosa”. Nada disso. A película retrata mulheres fortes que, apesar de vítimas em uma sociedade desigual, possuem desejos, vontades e escolha – o final deixa isso bastante claro.
6. Beasts of No Nation
Original da Netflix, “Beasts of No Nation”, a primeira incursão do serviço de streaming na produção de filmes, foi uma das sensações cinematográficas de 2015. Dirigido por Cary Jogi fukunaga, o longa acompanha a vida de Agu (Abraham Attah), um garoto africano que, sem família e em meio a uma guerra civil (o local da África não é especificado), acaba por ser acolhido em um tropa rebelde liderada pelo “Comandante” (Idris Elba indicado ao Globo de Ouro pelo papel). Espere por uma história sobre a perda da inocência de uma criança, uma fotografia deslumbrante, muita violência e, finalmente, um olhar não-americanizado com relação aos horrores dos conflitos armados.
7. A Incrível Jessica James
Assim, “A Incrível Jessica James” é um filme sensacional. Comédia romântica indie e despretensiosa, conta a história de uma dramaturga (que trabalha como professora de teatro infantil para pagar as contas) toda “diferentona”, sem filtro, e cheeeeia de personalidade. Jessica James (não confunda com Jessica Jones, tá?) é a típica millennial: se acha incrível, especial, tem altas pretensões, mas, no fundo, é bobona e insegura, como a maioria das outras pessoas da idade dela. É um longa sobre amadurecer, se encontrar na profissão, se encontrar no mundo, ser menos crítica com a família, ser menos “louca das redes sociais”… Ah, e o final é supreendentemente empoderador!
8. Jogo Perigoso
Baseado em um dos mil livros do Stephen King, “Jogo Perigoso” é uma produção original da Netflix das boas para as fãs de suspense. A premissa é uma loucura: um casal formado por Gerald (Bruce Greenwood) e Jessie (Carla Gugino maravilhosa!), a fim de esquentar a relação, vai passar uns dias em uma casa completamente afastada de tudo (claaaaro!) e, doidos para deixar o sexo mais interessante, resolvem levar alguns brinquedinhos… Em dado momento, o marido resolve prender a esposa, aparentemente relutante, com uma algema na cama e, obviamente, o cara morre do nada e deixa ela abandonada à sorte (ou, talvez, à boa vontade de estranhos?). A partir daí, a tensão criada pelo cineasta Mike Flanagan só cresce e o filme não tem medo algum de tocar em temas pesados e importantes como violência doméstica, pedofilia e abuso infantil. E, né, a pergunta que não quer calar, será que ela vai conseguir escapar? Tem que assistir, gente. Tem que assistir.
9. Aniquilação
Do mesmo diretor de “Ex Machina” Alex Garland, “Aniquilação” é um filme estranho – e isso não necessariamente um elogio. Não é que o filme seja ruim, mas alguns diálogos não parecem se encaixar, as personagens femininas simplesmente não têm profundidade e a tentativa de criar um suspense, tipo como em “Alien, o Oitavo Passageiro”, fica só na tentativa. Adaptação da complexa obra de Jeff Vandermeer, a produção apresenta a saga da brilhante bióloga e ex-militar Lena (Natalie Portman) que, depois de acreditar estar viúva, recebe a inesperada visita do marido. A partir disso, ela descobre que a terra corre o risco de ser engolida por uma espécie de bolha (o lugar onde o esposo dela estava e nunca ninguém havia conseguido sair) e decide se aventurar nesse lugar desconhecido. Ponto positivo para a incrível direção de arte – sério, o universo criado por eles é a melhor coisa do filme – e para o ponto de interrogação que é a cena final.