O que há de real por trás de Os Donos do Jogo? Giullia Buscaccio responde
Sucesso na Netflix, a intérprete de Suzana Guerra revela um novo momento da carreira e fala sobre as polêmicas em torno de suas personagens
Que Os Donos do Jogo é um verdadeiro sucesso, isso não há dúvidas. Desde a estreia, a série já alcançou quase seis milhões de visualizações no mundo todo, assumindo o primeiro lugar entre as produções de língua não inglesa mais assistidas da Netflix.
Nas redes sociais, o público lista inúmeros motivos para o triunfo da produção: galãs de arrancar suspiros, casais intensos, química contagiante entre o elenco e, claro, a briga entre irmãs. A rivalidade das irmãs Guerra foi um dos pontos altos da temporada, e a primogênita da dupla já é um rosto conhecido das telinhas.
Ao lado de Mel Maia, Giullia Buscaccio brilhou como Suzana Guerra. Em entrevista à CLAUDIA, ela conta como foi dar vida a um papel que define como “uma virada de chave”.
A nova fase da carreira
Habituada a viver mocinhas — como Isabel, em Éramos Seis — Giullia lembra que recebeu a personagem com enorme alegria. “Às vezes a gente fica esperando esse papel que nos leva para algo desconhecido”, diz.
Mas engana-se quem pensa que a mudança de universo a pegou despreparada. “Eu já me sentia pronta para ocupar esse lugar de protagonismo. Só faltava a oportunidade”, afirma.
Apesar de não ser seu primeiro papel como mulher adulta — tendo vivido Sandra, em Renascer — Suzana exigia outro tipo de entrega. “Agora pude explorar minha sensualidade e minha força feminina num universo extremamente machista. Me sinto pronta para personagens ainda mais intensos. Esse é só o início da carreira que quero trilhar”, resume.
Dualidade das novas personagens
E essa força não se revela apenas em Os Donos do Jogo. Simultaneamente, a atriz também se entrega ao papel de Tay, em Arcanjo Renegado (Globoplay). Na trama, ela mergulha em um ambiente marcado por relações abusivas e pela presença constante das drogas.
Para muitos, Suzana e Tay podem até parecer interligadas, especialmente por conta dos relacionamentos turbulentos. Mas, segundo Giullia, Suzana está longe de ser submissa ao marido.
“A impressão que o público tem, e que eu também tive no começo, é esse lado de que ela estaria na sombra do Búfalo. Só que, conforme os capítulos passam, você entende que, na verdade, ela foi esperta. Para fazer parte desse jogo, conseguir entrar numa cúpula, ditar regras ou mudar alguma coisa, ela precisava de um cara muito parceiro, que escutasse e validasse”, explica.
Amor e ódio fora das telas
Nem tudo, porém, se resume à cena. Interpretar personagens que fogem ao padrão da heroína também teve seu preço. “Eu estava acostumada ao retorno da mocinha, do casal bonito, de romance. Quando me viram como Suzana, para algumas pessoas isso despertou incômodo e revolta. Já encontrei pessoalmente quem não gostou, e tudo bem, porque ela se coloca nesse lugar. Eu teria que aceitar, independentemente da minha visão”, explica.
Para ela, esse movimento não é exatamente um problema, é parte do ofício. “Fiquei emocionada em reconhecer que meu trabalho inclui ser amada ou odiada. Me coloquei de peito aberto. Estou gostando desse novo olhar; é sinal de que o trabalho foi visto. Mesmo que por revolta, despertei algo, e isso já é válido”.
A rivalidade que virou teoria nas redes — e o que Giullia diz sobre isso
Apesar de Os Donos do Jogo ser uma obra totalmente ficcional, as redes sociais rapidamente passaram a comparar a trajetória das irmãs Guerra com um caso real: a rivalidade entre as herdeiras da família Garcia.
A referência diz respeito às gêmeas Shanna e Tamara Garcia, que tiveram suas disputas reveladas no documentário Vale o escrito (Globoplay). Ao longo de sete episódios, o público acompanha as disputas e tensões que envolvem os verdadeiros bicheiros do Rio de Janeiro — o que foi suficiente para alimentar as comparações.
Giullia, no entanto, faz questão de afastar essa leitura. “Houve muitas figuras femininas do jogo do bicho que tentaram ter espaço; algumas conseguiram, outras não. Lidamos com figuras potentes nesse lugar. Nossa trama deixa claro que não seguimos à risca a história de ninguém”, esclarece.
Ela reforça que Suzana e Mirna são apenas criações: “Optamos por criar uma ficção em que as pessoas estão livres para amar ou odiar qualquer personagem, porque eles não existem. A Suzana não existe, a Mirna não existe. Há liberdade artística para o público jogar junto”.
2ª temporada de Os Donos do Jogo
Com o sucesso estrondoso da produção, a Netflix anunciou no último dia 12 a renovação da série para uma nova temporada.
Questionada sobre o que espera para Suzana, Giullia não esconde a empolgação: “A série deixou em aberto milhões de possibilidades. Sinto que a Netflix tem um olhar atento ao público e um poder de escolha grande na mão. Mas espero que a Suzana não esmoreça, não desista, não perca a força. Acho digno ela lutar pela herança que é dela de direito. No fim das contas, ela e a Mirna são as herdeiras disso tudo; entregar para um homem não seria justo com nenhuma das duas.”
Enquanto aguarda os novos roteiros, a atriz já se prepara para outro passo importante na carreira. “Em 2026, estou nos cinemas com Leandro Hassum, no filme Álibi. É uma forma de me aventurar no cinema nacional popular. Quando falo popular, é porque pais podem ir com filhos, netos, crianças, se divertir e curtir. Isso reforça a caminhada que quero construir”, conclui.
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