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Conheça a maestrina por trás do Coral de Natal de Curitiba

Responsável por reger o espetáculo há 24 anos, Dulce Primo vê o projeto social como transformador de vidas

Por Abril Branded Content
Atualizado em 17 jan 2020, 11h18 - Publicado em 15 dez 2017, 11h09
 (Simone Bertuzzi/Simone Bertuzzi)
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Neste ano, a atriz e cantora Simone Gutierrez se juntos às crianças do Coral de Natal do Palácio Avenida (Simone Bertuzzi/Simone Bertuzzi)

Quando as luzes do Palácio Avenida, em Curitiba (PR), se acendem e as crianças começam a cantar, é sinal de que o Natal finalmente chegou à cidade.

O Natal do Bradesco é um dos eventos de fim de ano mais esperados por moradores e turistas da capital paranaense. Em 2017, o espetáculo chega à sua 27ª edição.

São 111 crianças de escolas municipais e instituições de acolhimento, com idade entre 7 e 12 anos, cantando músicas populares de Natal – e muitas outras inéditas –, marcando um típico fim de ano da cidade. “Este ano, está sendo ainda mais emocionante. A maioria das crianças subiu ao Palácio para cantar pela primeira vez. Estamos ensinando e aprendendo muito com o despertar delas”, conta Dulce Primo, maestrina de coral infantil há 57 anos, 24 dos quais dedicados ao Coral de Natal.

“Esse trabalho tem um envolvimento muito maior do que apenas cantar. A educação musical converte-se em educação para a vida. Quando a criança vai à janela, aquele momento é eternizado em sua história”, comenta a maestrina. “Já modificamos muitas vidas com isso. Como preparadora infantil, meu foco é este: a transformação do ser humano em seu envolvimento com o universo e com a arte”, diz.

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A professora de música Ana Caroline Oliveira, de 22 anos, foi uma das pessoas que tiveram a vida modificada por Dulce ao pisar pela primeira vez no Palácio Avenida. “Comecei como coralista quando tinha 8 anos e, desde então, nunca mais parei de fazer música. Graças ao projeto, pude estudar piano e violino e descobri minha paixão”, conta. “Hoje sou formada em licenciatura em música e, há dois anos, faço parte do Coral como professora da equipe de Dulce, uma grande amiga e segunda mãe para mim.”

Dulce assessorou Aninha, como é chamada carinhosamente, desde quando ela ainda era criança e cantava no Coral, apoiando e incentivando-a a seguir seus sonhos, ano após ano. “Dulce é uma pessoa que transforma tudo por onde passa. Isso porque faz muito mais do que o seu trabalho. Ela se envolve de verdade. Espero poder fazer diferença na vida de outras pessoas assim como ela fez na minha”, emociona-se a professora.

Dedicação o ano inteiro

Mesmo quando não está atuando diretamente como maestrina, Dulce se envolve com o projeto desde a seleção das crianças até o último aplauso. “Estudo e pesquiso para trazer novidades ao Coral o ano todo”, diz.

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A maestrina Dulce Primo (Silvio Aurichio/Divulgação)

Segundo ela, não há teste musical para ser coralista – não precisa ser afinado ou ter vozeirão. “O mais importante é ter vontade de aprender e tempo para participar dos ensaios. Damos a educação musical e ensinamos a criança a trabalhar com o tipo de voz que possui”, conta a maestrina. “O resultado é sempre recompensador”, garante.

Não é à toa que o Natal do Bradesco faz tanto sucesso no Brasil inteiro. Anualmente, uma média de 30 000 pessoas passam a cada noite pelo Palácio Avenida para assistir ao espetáculo, que tem 45 minutos de duração. “Atribuo esse resultado a vários fatores, principalmente ao despertar para a beleza, ao desafio que ele proporciona. Me sinto presenteada – assim, o sucesso é natural”, finaliza Dulce.

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Trabalho em equipe

Dulce e Aninha não estão sozinhas. Junto com elas, mais três professores de música e artes preparam as crianças e os voluntários do Coral, chamados de Anjos. Este ano, são 150 voluntários – funcionários e estagiários do Bradesco e seus familiares – que zelam pelo bem-estar físico e emocional dos pequenos, auxiliando-os a vestir o figurino e o cinto de segurança e entregando os adereços utilizados durante o espetáculo.

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Das janelas do Palácio Avenida, as crianças do Coral cantam e dançam (Simone Bertuzzi/Simone Bertuzzi)

 

“Ninguém faz nada sozinho. Minha equipe tem envolvimento não apenas com a arte, mas com a parte social”, explica Dulce. “Estamos constantemente em busca de novas formas de atender os pequenos com maior amplitude e também sempre aprendendo com eles”, completa.

Participar do projeto é enriquecedor não apenas para as crianças, mas para toda a equipe. “O Coral fez toda diferença na minha vida, não só profissionalmente, mas, principalmente, como ser humano. Muito além de conteúdos musicais, estou sempre aprendendo a lidar com o outro, a ter empatia, a me relacionar da melhor forma com o mundo”, diz Aninha.

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