‘Avatar 2’: Sigourney Weaver fala sobre gravar cenas debaixo d’água e mais
Em entrevista exclusiva à CLAUDIA, a icônica Sigourney Weaver reflete sobre a sua personagem Kiri, reencontro com James Cameron e desafios cinematográficos
13 anos após estrelar Avatar sob o comando do icônico cineasta James Cameron (Titanic), a igualmente lendária Sigourney Weaver — protagonista de clássicos do cinema como Alien, o 8º Passageiro e Os Caça-Fantasmas — retorna à franquia aos 73 anos de idade para interpretar a personagem fisicamente mais desafiadora de sua carreira: Kiri.
Mas para Weaver, a idade não foi uma barreira. Muito pelo contrário: a atriz abraçou a missão, aprendeu a fazer parkour, se submeteu a uma rotina intensa de exercícios aeróbicos e gravou inúmeras cenas submersa em um tanque de água capaz de produzir ondas de três metros de altura.
Em entrevista exclusiva à CLAUDIA, Sigourney Weaver revelou detalhes sobre as gravações, como foi entrar no estado mental correto para dar vida à Kiri e muito mais. Confira:
CLAUDIA: O que mudou desde as gravações do primeiro filme? Foi uma experiência mais difícil?
Sigourney Weaver: Foi muito mais difícil, pois eu interpretei uma personagem chamada Kiri que, na história, tem apenas 14 anos de idade. Ela é muito especial, tem uma conexão extremamente forte com a floresta e as criaturas que vivem nela e, assim como muitos adolescentes, ela também possui um aguçado senso de justiça. Acho que os jovens [em especial as crianças] veem o mundo de maneira pura. Então sim, foi um grande desafio e honra interpretar uma personagem tão diferente de tudo o que eu já havia feito em minha carreira.
CLAUDIA: Você compartilha alguma semelhança ou conexão emocional com a sua personagem Kiri?
Sigourney Weaver: Sim, pois ela me lembra de quando eu tinha 14 anos. Foi uma época dura, pois eu vivia dentro da minha cabeça, sempre me sentindo injustiçada. Precisei superar isso para interpretar Kiri, pois ela sofre com as mesmas questões. Assim como eu, ela é muito competente, mas às vezes prefere desaparecer em meio à multidão, não ser notada. Tive que acessar essa menina dentro de mim diariamente.
CLAUDIA: Como foi ser dirigida por James Cameron após mais de uma década? O reencontro valeu a pena?
Sigourney Weaver: Foi maravilhoso trabalhar com James novamente. Fiquei muito lisonjeada por ele ter criado essa nova personagem apenas para que eu voltasse à franquia, já que a Grace Augustine [papel de Weaver em Avatar (2009)] saiu de cena. Eu lembro que Cameron me disse: ‘Bom, você tem 14 anos no coração, então não será difícil interpretar Kiri’.
CLAUDIA: Qual é o seu momento favorito no set de Avatar 2?
Sigourney Weaver: Com certeza foi quando estávamos gravando dentro de um tanque d’água. Era enorme, e conseguia produzir ondas de quase três metros de altura. Precisei gravar várias cenas completamente submersa, mas foi extremamente divertido. Foi neste período que eu gravei a minha sequência favorita, que é quando Kiri mergulha no oceano e descobre um mundo fantástico lá embaixo, repleto de criaturas fascinantes. Ela tem uma conexão muito especial com a natureza, então é bastante natural que ela consiga criar vínculos com quaisquer seres vivos, incluindo os aquáticos.
CLAUDIA: Pelo o que você comentou, interpretar Kiri parece ter sido uma experiência fisicamente desafiadora. Isso é verdade?
Sigourney Weaver: Foi muito! Tive que aprender a fazer parkour e realizar uma exaustiva rotina de exercícios aeróbicos diariamente. Minha personagem corre em florestas, salta em árvores, escala montanhas. Pandora é um mundo muito físico, então tive que treinar bastante para conseguir dar conta. Estou sempre em forma, mas definitivamente precisei elevar as coisas para outro nível.
Avatar – O Caminho da Água”já está em cartaz nos cinemas brasileiros.