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Quem é Andrea Pinheiro, finalista do Prêmio CLAUDIA 2025 que revolucionou a Bienal

A executiva ampliou o caráter educativo da Fundação Bienal de São Paulo e fomentou a captação de recursos 

Por Beatriz Lourenço
16 nov 2025, 08h00
A executiva ampliou o caráter educativo da Fundação Bienal de São Paulo e fomentou a captação de recursos 
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. (Brenno Medeiros / Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)
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Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, foi a primeira mulher a entregar uma edição da mostra. Com formação em Administração de Empresas e MBA pela Universidade de Nova York (NYU), atuou por mais de 20 anos no setor financeiro – trazendo para a nova função uma bagagem de governança, captação de recursos e lideranças estratégicas.

No cargo, a executiva tem dois grandes focos estratégicos: ampliar o caráter educativo e acessível da Bienal, além de estabelecer processos mais colegiados para a seleção das curadorias.

Para ela, a exposição não é apenas um evento de arte, mas uma plataforma de transformação social, destinada a tocar públicos diversos – das novas gerações às comunidades ainda pouco conectadas com o circuito cultural.

Andrea é uma das finalistas na categoria “Cultura” do Prêmio CLAUDIA 2025 e conversou conosco sobre seus desafios e realizações. Confira:

Entrevista com Andrea Pinheiro

CLAUDIA: Como foi assumir esse papel em uma instituição tão simbólica e historicamente masculina?

Andrea Pinheiro: “Assumir a presidência da Fundação Bienal de São Paulo foi um motivo de grande orgulho. Embora eu seja a primeira mulher a entregar efetivamente uma edição, não vejo a Bienal como uma instituição historicamente masculina.

Na verdade, ela já vinha passando por um processo de construção de diversidade há muitos anos – tanto no conselho quanto na diretoria e na própria equipe, que conta com muitas mulheres.

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Então, o fato de ter uma presidente mulher é, para mim, um desdobramento natural de algo que já estava sendo construído. Sinto também um certo pioneirismo, algo que permeou outras fases da minha carreira, e é muito importante poder abrir caminhos para outras mulheres em uma instituição pela qual sou apaixonada e na qual trabalho há muitos anos.

Além disso, acredito profundamente na missão da Bienal de democratizar o acesso à arte e no papel que a gratuidade e o programa educativo desempenham.”

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, foi a primeira mulher a entregar uma edição da mostra. Com formação em Administração de Empresas e MBA pela Universidade de Nova York (NYU), atuou por mais de 20 anos no setor financeiro – trazendo para a nova função uma bagagem de governança, captação de recursos e lideranças estratégicas.
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo (Brenno Medeiros / Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)

CLAUDIA: A 36ª Bienal tem sido marcada por uma ampliação de vozes e narrativas. De que forma essa diversidade reflete sua visão de cultura e de gestão?

Andrea Pinheiro: “Vejo a diversidade como algo cada vez mais enraizado em tudo o que fazemos, especialmente no mundo da arte, que muitas vezes antecipa tendências.

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É muito importante poder dar espaço para artistas de diferentes origens, que talvez não tivessem tido oportunidade de mostrar seu trabalho para um público tão amplo como o da Bienal.

Essa visão vem da minha trajetória: comecei no mercado financeiro nos anos 1990, quando as mulheres eram minoria, e a vontade de abrir espaço para outras mulheres — e outras diversidades — sempre me acompanhou.

Na Bienal, isso se reflete não apenas na escolha de um curador e na formação das equipes, mas também na busca por tornar o público que visita o Pavilhão cada vez mais plural.

A gratuidade da Bienal de São Paulo e a força do programa educativo, que atende dezenas de milhares de crianças — muitas vindas de regiões distantes e visitando o Parque pela primeira vez —, são fundamentais. Elas passam a se ver nos artistas, nos curadores e na instituição. É disso que se trata a verdadeira multiplicidade da arte no Brasil.”

CLAUDIA: Você vem do mercado financeiro e hoje lidera uma das instituições culturais mais importantes do país. O que aprendeu ao transitar entre esses dois mundos?

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Andrea Pinheiro: “A minha experiência no mercado financeiro influencia totalmente a forma como atuo na Bienal, porque o meu papel aqui é, sobretudo, um papel de gestão.

Muitas habilidades que desenvolvi ao longo da carreira — como administrar equipes, manter as pessoas engajadas, gerenciar riscos e garantir uma boa administração financeira — são fundamentais em qualquer grande organização.

A Bienal, inclusive, é hoje uma instituição financeiramente muito saudável, um legado das edições que me precederam e que minha gestão se esforça para manter e ampliar como resultado direto dessa abordagem.

Transitar para o mundo da arte, por outro lado, tem sido uma verdadeira escola. Eu sempre admirei arte, mas agora estou exposta a ela o tempo todo, o que tem sido extremamente estimulante e enriquecedor.”

Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, foi a primeira mulher a entregar uma edição da mostra. Com formação em Administração de Empresas e MBA pela Universidade de Nova York (NYU), atuou por mais de 20 anos no setor financeiro – trazendo para a nova função uma bagagem de governança, captação de recursos e lideranças estratégicas.
Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo (Brenno Medeiros / Fundação Bienal de São Paulo/Divulgação)
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CLAUDIA: Em um ano em que se fala tanto sobre representatividade e futuro da cultura, o que ainda precisa mudar para fortalecer o papel das mulheres na liderança?

Andrea Pinheiro: “Acredito que o papel das mulheres na arte e na liderança cultural tem se fortalecido cada vez mais. Estamos seguindo uma direção muito positiva.

Hoje, vemos mulheres à frente de instituições importantes — como Paula Azevedo, no Inhotim; Elizabeth Machado, no MAM; e Flávia Velloso, no MuBE.

Para mim, mais do que uma questão de política pública, o que realmente faz diferença é o bom trabalho realizado por cada mulher em sua posição.

Isso gera goodwill, abre portas e desmistifica resquícios de machismo que ainda possam existir. Cada avanço individual contribui para ampliar esse espaço coletivo.”

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CLAUDIA: Quais são seus planos para 2026?

Andrea Pinheiro: “Apesar de minha gestão terminar em março, já temos muitos projetos planejados para 2026.

Entre eles, mais de dez exposições itinerantes confirmadas, no Brasil e no exterior. Além disso, teremos uma participação muito forte na Bienal de Veneza, com a potência das três mulheres responsáveis pelo Pavilhão: a curadora Diane Lima e as artistas Rosana Paulino e Adriana Varejão.

Do ponto de vista pessoal, quero continuar atuando no terceiro setor, ao lado da minha carreira como conselheira, devolvendo um pouco das oportunidades que tive na vida.

E reforço a importância de seguirmos falando sobre democratização da arte — algo que move a Bienal de São Paulo e que considero essencial.”

O Prêmio CLAUDIA 2025

Depois de seis anos, o Prêmio CLAUDIA está de volta pela primeira vez desde 2019, celebrando mulheres que transformam o Brasil em diferentes áreas. A edição 2025 será realizada em 8 de dezembro, com local ainda a ser revelado, e destaca finalistas que se tornaram referência em cultura, educação, negócios, direitos da mulher, saúde, inovação, sustentabilidade, trabalho social, influência digital e impacto do ano.

O júri desta edição reúne nomes influentes e plurais, como Zezé Motta, Maria da Penha, Luiza Helena Trajano e Ana Fontes, além das representantes da Editora Abril: Karin Hueck (editora-chefe de CLAUDIA), Helena Galante (diretora de núcleo da Abril) e Andrea Abelleira (VP de Publishing da Editora Abril).

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